Russell admite que pensou em ‘sacrificar’ GP de Las Vegas: “Queria usar motor antigo”
Antes de vencer o GP de Las Vegas, George Russell admitiu que não esperava ver um desempenho forte da Mercedes, ao ponto em que sugeriu usar um motor antigo para privilegiar a etapa seguinte, no Catar. Inglês disse que a equipe venceu a prova no primeiro stint
Vencedor do GP de Las Vegas da F1, disputado no último domingo (24), George Russell não entrou no fim de semana com grandes expectativas. Considerando a pista urbana e ondulada como um desafio ao W15, o inglês sugeriu até colocar um motor antigo e ‘sacrificar’ a prova para favorecer a rodada seguinte, no Catar. Depois de vencer, o piloto #63 admitiu o alívio por não ter seguido com o plano.
“Ao entrar nesse trio de corridas, minha visão estava no Catar. Chegou ao ponto em que eu queria tirar meu motor mais fresco e colocar um antigo para correr em Las Vegas, guardando o melhor motor para o Catar. Estou um pouco feliz por não termos feito isso”, brincou Russell.
Segundo Russell, a corrida foi decidida a favor da Mercedes ainda no primeiro stint, quando segurou a pressão de Charles Leclerc e aproveitou o desgaste dos pneus do monegasco para abrir vantagem. A partir daí, o inglês passou a gerenciar os pneus e pensar em apenas terminar a corrida.
“Fiquei muito satisfeito com a pole, e acho que vencemos a corrida no primeiro stint. Foi excepcional, para ser honesto. Naquele momento, eu sabia que só perderíamos a corrida se eu granulasse os pneus e os destruísse”, explicou.

“Então, era apenas sobre gerenciar o ritmo, principalmente nas curvas para a direita, e levar o carro para casa”, analisou Russell.
Por fim, Russell admitiu que o desempenho foi uma surpresa. O britânico ressaltou que a Mercedes sofreu bastante em circuitos ondulados no passado, e as pistas urbanas costumam apresentar um nível muito superior de oscilações do que as permanentes. No entanto, o W15 se adaptou rapidamente e foi o mais rápido durante todo o fim de semana.
“Não é segredo que sofremos em circuitos ondulados no passado e tivemos de levantar bastante a altura do carro, deixando-o menos rígido. Então, nos colocamos em uma janela de downforce em que não temos nenhum”, comentou.
“E não é que tenhamos esquecido como acertar o carro, é só que alguns circuitos pedem que o coloquemos em uma janela que ele não gosta de estar. Nas pistas mais lisas, podemos usar o carro mais baixo e rígido. Com poucas ou nenhuma ondulação na pista, nós voamos”, finalizou Russell.
A Fórmula 1 volta no Catar, de 29 de novembro a 1º de dezembro, para a disputa da penúltima etapa — a última com corrida sprint — da temporada 2024.
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