GP Recomenda: cinco bons motivos para não se perder o GP da Austrália 2017
Finalmente, a F1 está de volta. Depois de quase quatro meses de espera, os fãs vão conferir todas as mudanças nos carros e os favoritos ao título. Como de costume, o Mundial larga no GP da Austrália, em Melbourne. E o GRANDE PRÊMIO lista agora cinco boas razões para não perder a abertura da temporada 2017
Evelyn Guimarães
1)MAIOR LIBERDADE
Enfim, a F1 está de volta. A Austrália, como de costume, sedia a abertura da temporada 2017, uma das mais aguardadas dos últimos tempos, muito em função da revolução provocada pelo novo regulamento técnico. Mas também há a expectativa para entender como essa nova F1 vai funcionar sob a direção do Liberty Media, o gigante grupo de entretenimento norte-americano que concluiu a compra da maior das categorias no início deste ano. E como primeira medida, os donos já tiraram Bernie Ecclestone do poder, dividindo o comando do campeonato em três nomes Carey Chase, Sean Bratches e Ross Brawn.
Ainda assim, já é possível ver algumas das mudanças promovidas pela nova gestão. Durante os testes coletivos em Barcelona, as equipes e pilotos receberam sinal verde para uma melhor interação com os fãs. O Liberty permite agora que os competidores publiquem vídeos das atividades, algo que era totalmente proibido até o último ano.
Além disso, a categoria já vive sob a direção esportiva de Brawn. O ex-diretor da Mercedes e da Ferrari já estuda formas de tornar o grid mais equilibrado e competitivo. E a ideia geral é também ampliar a interação da F1 com os fãs e atrair um público mais jovem.
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})(window.document); 2)UMA NOVA REGRA
A F1 chega a 2017 renovada. O novo regulamento técnico gerou uma pequena revolução e tornou os carros muito mais rápidos e difíceis de guiar. Entre as principais mudanças, estão a largura dos modelos, que agora contam também com pneus maiores e que se desgastam menos. As asas traseiras estão mais baixas e há muito mais downforce. A parte aerodinâmica tem mais importância e acabou por promover antigos elementos como a barbatana de tubarão e o bico-mamilo.
Outro ponto do livro de regras é relacionado aos motores. Desde a introdução dos V6 híbridos em 2014, a FIA vinha impondo limites para o desenvolvimento das unidades de potência. Agora, contudo, essas restrições não existem mais e cada fabricante pode trabalhar na evolução de seu motor livremente.
3) DUELO EM PRATA E VERMELHO
A Ferrari foi a grande protagonista da pré-temporada da F1. A equipe italiana projetou um carro rápido e consistente, e isso se refletiu na performance de Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen na pista de Barcelona, onde os testes coletivos aconteceram. A esquadra vermelha, inclusive, fechou as atividades com os dois melhores tempos, esbanjando confiabilidade e otimismo por um campeonato mais competitivo.
Dessa forma, a Ferrari surge como a grande ameaça à Mercedes. A tricampeã não se mostrou tão veloz quanto a rival na Catalunha, mas apresentou um ritmo de corrida forte. Como de costume, a confiabilidade foi o ponto que mais chamou atenção no W08. Portanto, a esquadra prateada entra novamente em 2017 como favorita, mas agora com a expectativa de uma briga mais acirrada com Maranello.
4)MASSA – O RETORNO
Felipe Massa vive aquela piadinha da volta dos que não foram, é verdade. Depois de protagonizar uma das mais emocionantes e respeitosas despedidas do esporte no fim de 2016, o brasileiro teve uma segunda chance com os desdobramentos da aposentadoria de Nico Rosberg. Após a Mercedes decidir por Valtteri Bottas, a Williams recorreu a Massa, para assumir a vaga e ocupar o cargo de líder do time em uma temporada de um novo regulamento.
E o veterano provou que ainda tem trabalhos inacabados na F1. Nos testes em Barcelona, Felipe demonstrou uma sólida performance com o FW40, que parece ter nascido muito bem. O carro é rápido e apresentou pouquíssimos problemas. Aliás, a equipe só não andou mais por causa dos incidentes provocados pelo novato Lance Stroll – a quem Massa vai servir também como uma espécie de professor em 2017.
Felipe Massa está de volta à F1 (Foto: LAT Photographic/Williams F1)
A McLaren mudou a chefia, o nome do carro e até as cores, retomando o laranja que a tornou famosa. Mas os problemas com a Honda continuaram em 2017. Na verdade, parecem ainda mais graves. A equipe mal andou em Barcelona e vai chegar a Melbourne com pouquíssima quilometragem, graças às falhas recorrentes das unidades de potência da fabricante japonesa.
Os seguidos contratempos geraram críticas e instauram uma crise interna na equipe antes mesmo do início do campeonato. O ambiente está tão pesado que já surgem rumores de que a esquadra inglesa está atrás da Mercedes, para um eventual acordo a partir de 2018.
E é nesse clima, prevendo um novo fiasco, que o time de Fernando Alonso vai alinhar no Albert Park.
A Honda deixa a desejar em 2017 (Foto: McLaren)
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