Haas diz que decisão sobre pilotos independe da Ferrari, mas elogia Leclerc por ‘grande trabalho’

Guenther Steiner, chefe da Haas, se mostrou muito tranquilo quanto à definição dos seus pilotos para 2019 e afirmou que a equipe “não faz parte dessa loucura” em que se converteu o mercado nesta altura da temporada

A Haas tem menos de três anos de vida como equipe do Mundial de F1. Mas a estabilidade financeira aliada à sólida parceria com a Ferrari tem feito o time de Kannapolis evoluir de forma consistente, o que se reflete na tabela da atual temporada, em que ocupa a quinta colocação nos Construtores. Com cockpits cada vez mais cobiçados, a Haas acaba sendo vista como uma boa opção no bloco intermediário. Nos últimos dias, até Esteban Ocon foi ligado à equipe, mas o vínculo com a Ferrari faz com que Charles Leclerc, um dos destaques da temporada, seja visto como favorito a uma das vagas pertencentes aos hoje titulares Kevin Magnussen e Romain Grosjean.
 
Contudo, mesmo com a parceria técnica com a equipe de Maranello, a Haas garante que é independente para escolher seus próprios pilotos, sem que haja diretamente alguma influência ou indicação por parte da Ferrari. 
 
Assim, em teoria até mesmo Ocon, ligado à Mercedes, poderia ser contratado pela Haas. Mas o francês, com a vaga em xeque na Force India/Racing Point, não é visto necessariamente como uma opção. “Poderíamos recebê-lo e, talvez, decidamos não ir em frente. Mas podemos decidir por isso, é nossa decisão o que conta. Ninguém nos diz o que fazer. Trata-se mais de uma coisa filosófica para nós. Temos na Ferrar um bom parceiro”, disse o dirigente em entrevista veiculada pelo site ‘Motorsport.com’.
Guenther Steiner se mostra muito tranquilo com o desenrolar do mercado de pilotos (Foto: Haas)

“Respeito Ocon, é um piloto muito bom, mas por que faríamos isso se poderia nos gerar uma controvérsia? Existem alguns candidatos que ainda não têm um lugar. Não faltam muitos, e obviamente ele é um deles porque não sei o que ele vai fazer. Não tenho confirmação ainda sobre o que ele vai fazer: se vai ficar na Sauber, qual sua situação contratual com eles ou com a Ferrari”, assegurou.

 
Entretanto, o tom muda quando Steiner se refere a Leclerc. “Ele está fazendo um grande trabalho, tem evoluído. Ano passado não afirmaria que temíamos pela sua condição de novato, mas isso já aconteceu. Tenho muito respeito por ele”.
 
O monegasco, que vem conquistando bons resultados no seu ano de estreia com a Sauber, desempenhou a função de piloto reserva e de desenvolvimento da Haas no ano passado, chegando a participar de quatro treinos livres. Sobre o futuro, Charles falou nesta quinta-feira, em Monza, mas deixou claro que ainda não tem uma definição. “Ainda não tenho nenhuma informação. Estou esperando e espero que possa falar algo muito em breve”.
 
Seja como for, o fato é que a Haas não tem pressa para definir seus pilotos e está tranquila com a intensa dança das cadeiras que vem agitando a F1 nas últimas semanas.
 
“É por isso que digo que estamos muito à vontade. É muito difícil de explicar como nos sentimos. Estamos muito à vontade nesta posição. Nós não fazemos parte dessa loucura. Estamos num bom lugar. Adoraria hoje anunciar quem nós vamos ter. Existem algumas coisas a resolver e logo vamos fazer isso. Ainda estamos falando, mas não temos preocupação neste momento. Simplesmente estamos vendo como as coisas vão se resolver. Estamos muito confiantes sobre a posição que temos com os pilotos. Não temos nenhuma preocupação”, disse.
 
Por fim, o dirigente italiano lembrou que a Haas deixou para trás a desconfiança e vem conseguindo se estabilizar graças a resultados e trabalho. E, por isso, também logra êxito em atrair cada vez mais bons pilotos para seus quadros.
 
“No começo foi difícil encontrar alguém que quisesse pilotar para nós, agora muita gente quer, por óbvias razões, então isso mudou. Repito: estou confiante e não me tira o sono não ter dois pilotos bons no ano que vem. Porque temos dois pilotos agora, e eles são bons”, concluiu.
 
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