Haas garante participação de dois carros no GP da Austrália após acidente de Schumacher

Chefe da equipe americana, Guenther Steiner confirmou que o time irá levar seus dois bólidos para o circuito de Melbourne. Participação integral da equipe na Austrália ficou em dúvida após forte pancada do piloto alemão em Jedá

Mick Schumacher sofreu um violento acidente durante o Q2 (Vídeo: F1)

Mesmo com dano na maioria dos componentes do VF-22 acidentado e um prejuízo de até R$ 4,7 milhões após o forte acidente de Mick Schumacher na Arábia Saudita, o chefe da Haas, Guenther Steiner, confirmou que a equipe irá participar do GP da Austrália “sem problemas” e levar seus dois carros para o remodelado circuito de Melbourne.

“Em Melbourne sim, não teremos problemas. Decidimos não colocar o segundo carro para o GP da Arábia Saudita e focar na Austrália”, revelou o italiano. O time americano decidiu poupar dinheiro e preservar peças, depois da pancada do alemão, para ter uma chance de competir na terceira etapa do calendário da F1.

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Mick Schumacher, no circuito de Jedá, após o acidente (Foto: Twitter/F1)

Steiner evitou confirmar Schumacher diretamente, ainda que a participação do piloto seja quase que certa. O chefe da Haas também voltou a falar sobre a batida sofrida pelo seu comandado no treino classificatório para a etapa em Jedá.

O acidente do alemão aconteceu no começo da segunda metade do Q2 da classificação e quando o piloto se colocava no top-10 – se terminasse assim, seria a primeira vez na carreira que iria para o Q3. Mas Mick perdeu o carro e deu uma pancada violenta na barreira de proteção da parte interna da pista. Tão forte que jogou o carro ainda com força para a parte externa. O treino ficou parado por 57 minutos.

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Estado do VF-22 de Mick Schumacher após o acidente (Foto: Haas)

“As corridas, e todos nós amamos altas velocidades, precisam ser um desafio. Sou da opinião que, se pilotássemos em um aeródromo, o desafio vai embora porque todo mundo pode dirigir sem problemas, se você sair da pista, nada acontece”, exemplificou Steiner. “Não estou dizendo que devemos assumir grandes riscos ou coisa do tipo, mas o risco é natural do automobilismo. Você só precisa analisar o nível que levamos isso”, detalhou.

Por fim, o chefe da Haas também fez sua análise dos atuais níveis de segurança da Fórmula 1 após o acidente. Mesmo sofrendo um impacto de 33 vezes a força da gravidade, Schumacher tranquilizou o público pelas redes sociais no mesmo dia, dormiu em seu quarto de hotel – e não no hospital – e, além de marcar presença na pista no dia da corrida, declarou ainda que se a participação na etapa em Jedá dependesse somente de seu estado físico, estaria dentro do cockpit do VF-22.

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“Tão grande quanto o acidente foi, nada aconteceu”, refletiu Steiner. “Penso que os carros são muito seguros agora e tivemos muita sorte também. Eu aprecio isso plenamente, então não podemos contar com isso. (Correr) é uma dessas coisas – e em um nível pessoal, eu amo coisas assim – que, se você pensa sensatamente, não deveria estar fazendo”, finalizou o chefe da Haas.

Depois das corridas no Bahrein e na Arábia Saudita, a Fórmula 1 volta às ações em Melbourne, para o GP da Austrália. A corrida, marcada para o dia 10 de abril, será a primeira na madrugada brasileira desde a temporada 2019. O GRANDE PRÊMIO realizará a cobertura ao vivo e em tempo real.

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