Hamilton vive drama, mas conta com 4º de Vettel no México para conquistar tetra. Verstappen vence
É tetra! Lewis Hamilton entrou de vez para o rol dos grandes nomes da história da F1 neste domingo (29), no México. No fim das contas, o resultado nem foi o mais importante para o britânico na prova vencida com folga por Max Verstappen. Sebastian Vettel foi apenas o quarto lugar
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A jornada de Lewis Hamilton rumo ao tetracampeonato mundial de F1 neste domingo (29) parecia fácil. Mas após poucas curvas, o cenário tranquilo transformou-se num verdadeiro dramalhão mexicano. Aconteceu tudo o que jamais aconteceu ao britânico nesta temporada próxima à perfeição: pneu furado após contato com Sebastian Vettel, muitas voltas em último lugar e até mesmo uma bandeira azul, o que Hamilton não via desde o GP da Espanha de 2013. Mas sua enorme vantagem na liderança do campeonato significava que Vettel precisaria pelo menos chegar em segundo lugar no GP do México para adiar a decisão do título para Interlagos. Não aconteceu. Seb terminou em quarto e Verstappen, que tirou proveito de toda a confusão na primeira volta, venceu fácil, pela terceira vez na carreira e a segunda em 2017. E Hamilton, nono lugar, superou todo o drama para fazer história de novo e alcançar seu quarto título mundial, entrando de vez na galeria dos maiores nomes da F1 em todos os tempos.
Com o tetra, Hamilton superou verdadeiros monstros sagrados das pistas como Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna. Agora, o novo tetracampeão se une ao seleto grupo que tem Alain Prost e Vettel, também com quatro taças do mundo. Acima deles, apenas o mítico Juan Manuel Fangio, com cinco, e Michael Schumacher, o maior de todos, heptacampeão.
Quanto ao vencedor, Verstappen fez mais uma apresentação soberba, tirando proveito da confusão entre Vettel e Hamilton. O holandês coroou um fim de semana quase impecável e deu sequência a uma máxima que acompanha sua curta, porém vitoriosa carreira. Max sempre venceu corridas seguintes ao rebaixamento de Daniil Kvyat, descartado de vez pela Red Bull. Burocráticos, Valtteri Bottas e Kimi Räikkönen completaram o pódio. Quarto lugar, Vettel foi seguido por um ótimo Esteban Ocon, enquanto Lance Stroll, no dia do seu aniversário de 19 anos, foi o sexto, à frente do ídolo local Sergio Pérez. Kevin Magnussen fechou à frente do grande tetracampeão, que venceu um duelo final com Alonso nas últimas voltas da prova.
Com o título já definido em favor de Hamilton, o GP do Brasil vai ser disputado em clima de festa. A mais esperada das provas do calendário para o fã tupiniquim acontece entre 10 e 12 de novembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Saiba como foi o GP do México de F1
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A decisão do título em favor de Hamilton começou empolgante. Poucas curvas após a largada, Max Verstappen conseguiu tomar a ponta de Sebastian Vettel após leve toque do piloto da Ferrari. Lewis tentou passar o alemão, que não cedeu, e os dois tocaram. Seb teve a asa dianteira avariada, enquanto o britânico teve o pneu traseiro furado. Os dois postulantes ao título foram aos boxes e despencaram para a última posição. Os incidentes foram considerados de corrida, não sendo necessária qualquer investigação. Cenário perfeito para Verstappen, na dianteira da prova.
Tanto Vettel como Hamilton trocaram pneus após a parada nos boxes, mudando os ultramacios para os macios, talvez indicando uma estratégia diferente. Lá na frente, Bottas vinha em segundo, seguido por Esteban Ocon, Nico Hülkenberg, Sergio Pérez e Felipe Massa. Daniel Ricciardo, que largou em 16º, já estava em oitavo após tantas confusões.
Com forte ritmo de prova, Verstappen já abria vantagem confortável para Bottas e vinha bem na frente. Em contrapartida, Ricciardo encerrava de forma melancólica um fim de semana que lhe parecia muito bom, abandonando a prova ainda no começo. Pouco antes, pilotos como Massa — após um problema no seu pneu, identificado pela Williams — e Sainz também entravam nos boxes para fazer suas respectivas paradas, colocando pneus macios. A grande surpresa era a presença de Marcus Ericsson em nono.
Na volta 13, Massa vendeu caro a 15ª posição para Vettel, que fez a ultrapassagem após quase tocar no carro do brasileiro. O tetracampeão se irritou e disse que Felipe o jogou pra fora da pista. Ainda assim, Seb conseguiu ganhar a posição, enquanto Hamilton continuava no fundo do pelotão, em 19º e último. Instantes depois, Romain Grosjean sofria uma punição de 5s por ter excedido os limites da pista.
Enquanto Verstappen sobrava na frente, Vettel continuava abrindo caminho lá atrás e subia para 13º após passar Grosjean no fim da reta dos boxes. Até que, na volta 19, todo o público se levantou e, com os punhos cerrados, lembrou as vítimas na tragédia ocorrida no último dia 19 de setembro com o terremoto em várias cidades ao redor do país. Sem dúvidas, o momento mais tocante de todo o domingo.
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Ocon, que vinha bem na prova em terceiro lugar, entrava nos boxes para efetuar sua troca de pneus, com a Force India colocando os pneus macios para ir até o fim. Em seguida, a prova teve um momento dos mais curiosos do ano: Hamilton estava logo à frente de Verstappen como retardatário. A direção de prova cumpriu a regra e acenou bandeira azul ao virtual tetracampeão, pedindo que ele abrisse passagem ao holandês. A última vez que tal situação ocorreu foi no GP da Espanha de 2013, também o último vencido por Fernando Alonso na F1. Lewis seguia na última posição e não conseguia passar Sainz, o 18º.
Mesmo com a falta de ritmo de Hamilton e Vettel escalando o pelotão, havia apenas uma chance ao alemão: terminar a prova pelo menos em segundo lugar. Caso finalizasse em terceiro, Lewis teria tudo definido no México. Quem também tinha tudo definido era Nico Hülkenberg, que abandonava a prova na volta 27 por conta de um problema elétrico na sua Renault.
Eis que finalmente, na volta seguinte, Hamilton conseguia passar Sainz e subia para 18º. Muito longe de Vettel, que já estava em décimo. Porém, cada vez mais perto do título, considerando que Seb precisava ganhar ainda uma infinidade de posições. O alemão subia para oitavo três voltas depois ao conseguir passar Stoffel Vandoorne e Fernando Alonso.
Na volta 32, outro motor Renault abria o bico no fim de semana. Brendon Hartley ficava novamente no caminho com sua Toro Rosso. Como parou numa posição perigosa, a direção de prova acionou o safety-car virtual, o que levou todo mundo a ir para os boxes. Hamilton resolveu trocar os macios pelos supermacios. Vettel ousou e arriscou com os ultramacios. Restavam ainda 37 voltas para o fim da prova.
Verstappen continuava soberano na frente, com Bottas em segundo e Räikkönen em terceiro. Vettel, a quem só interessava terminar pelo menos em segundo, vinha em oitavo, enquanto Hamilton era o 15º. Massa surgia em décimo. Poucos avanços entre os dois postulantes ao título a partir da volta 40. Vettel ocupava a sétima posição, bem atrás do ídolo local Sergio Pérez. Hamilton vinha tranquilo, em 13º lugar, só esperando pelo momento da consagração.
Na volta 51, Vettel passava 'Checo' Pérez para tomar o sexto lugar, ficando atrás de Lance Stroll, o anniversariante do dia — que, diga-se, fazia uma grande corrida. Ocon, em quarto, estava bem mais à frente. O mexicano arriscou e entrou nos boxes para fazer nova parada e colocar pneus ultramacios para seu stint final, enquanto Hamilton aparecia em 12º, sem se arriscar, logo atrás da McLaren de Vandoorne e da Williams de Massa. Mas não demorou muito para Lewis entrar na zona de pontuação e fazer as duas ultrapassagens para subir ao décimo lugar. Vettel também abria caminho e chegava ao quarto lugar na volta 58, com Räikkönen à frente, 24s031 faltando 11 voltas para o fim. Ao ser informado pela Ferrari sobre a diferença para Ferrari, Vettel brincou: "Mamma mia!".
Nas voltas finais, Hamilton só escoltava Alonso, nono colocado, e Kevin Magnussen, oitavo. Se bem que Lewis tentou passar seu primeiro grande rival na F1. Foi um duelo empolgante entre dois dos grandes nomes da história do esporte. O britânico fez a ultrapassagem na raça e subiu para nono lugar. Um brilho final em uma jornada com drama e emoção para confirmar o tetracampeonato duas voltas depois.
F1, GP do México, Hermanos Rodríguez:
1 | 33 | Max VERSTAPPEN | HOL | Red Bull Tag Heuer | 71 voltas | |||
2 | 77 | Valtteri BOTTAS | FIN | Mercedes | +19.678 | |||
3 | 7 | Kimi RÄIKKÖNEN | FIN | Ferrari | +54.007 | |||
4 | 5 | Sebastian VETTEL | ALE | Ferrari | +70.078 | |||
5 | 31 | Esteban OCON | FRA | Force India Mercedes | +1 volta | |||
6 | 18 | Lance STROLL | CAN | Williams Mercedes | +1 volta | |||
7 | 11 | Sergio PÉREZ | MEX | Force India Mercedes | +1 volta | |||
8 | 20 | Kevin MAGNUSSEN | DIN | Haas Ferrari | +1 volta | |||
9 | 44 | Lewis HAMILTON | ING | Mercedes | +1 volta | |||
10 | 14 | Fernando ALONSO | ESP | McLaren Honda | +1 volta | |||
11 | 19 | Felipe MASSA | BRA | Williams Mercedes | +1 volta | |||
12 | 2 | Stoffel VANDOORNE | BEL | McLaren Honda | +1 volta | |||
13 | 26 | Pierre GASLY | FRA | Toro Rosso Renault | +1 volta | |||
14 | 94 | Pascal WEHRLEIN | ALE | Sauber Ferrari | +1 volta | |||
15 | 8 | Romain GROSJEAN | FRA | Haas Ferrari | +1 volta | |||
16 | 55 | Carlos SAINZ JR | ESP | Renault | +9 voltas | NC | ||
17 | 9 | Marcus ERICSSON | SUE | Sauber Ferrari | +14 voltas | NC | ||
18 | 39 | Brendon HARTLEY | NZL | Toro Rosso Renault | +39 voltas | NC | ||
19 | 27 | Nico HÜLKENBERG | ALE | Renault | +45 voltas | NC | ||
20 | 3 | Daniel RICCIARDO | AUS | Red Bull Tag Heuer | +54 voltas | NC | ||
Recorde | Sebastian VETTEL | ALE | Ferrari | 1:16.488 | 28/10/2017 | |||
Melhor volta | Nico ROSBERG | ALE | Mercedes | 1:20.521 | 01/11/2015 |
COM GALID OSMAN, PADDOCK GP #101 QUESTIONA: VERSTAPPEN MERECEU PUNIÇÃO EM AUSTIN?
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