Hyundai rejeita chance de entrada na F1: “Claramente não estamos preparados”

Hyundai confirma que analisa possibilidades de expansão no esporte a motor, mas Cyril Abiteboul apontou que montadora sul-coreana "não está pronta" para a Fórmula 1. Endurance é destino preferido

Com boas chances de assegurar o título de Pilotos do WRC pela primeira vez, com Thierry Neuville, a montadora sul-coreana Hyundai testa terreno para expansão no esporte a motor. A fábrica também tem participação forte no TCR World Tour, inclusive com a liderança do atual campeonato nas mãos do húngaro Norbert Michelisz. Porém, Fórmula 1 ainda não é plano.

Em entrevista ao site americano Auto Week, o atual chefe de equipe da Hyundai, Cyril Abiteboul, falou sobre as análises a respeito de expansão no esporte a motor. As últimas notícias apontam um desejo dos sul-coreanos pelo endurance, cogitando o IMSA SportsCar ou o próprio WEC a partir de 2026.

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“Estamos analisando. Somos uma marca global, a terceira maior fabricante se adicionarmos os volumes de Kia e Genesis, com mais de 7.000.000 de veículos vendidos, então temos alcance em termos de mercado e em termos de habilidade financeira para fazer mais”, declarou.

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“O ponto chave para nós agora é como podemos melhorar nosso produto e aprender a tecnologia por meio do esporte a motor, então, qualquer coisa que ajude nesta área será considerada. Nenhuma decisão foi tomada. A única decisão e foco será em seguir aqui [WRC] e vencer aqui. Estaremos aqui no ano que vem, e o resto temos discussões”, seguiu.

Abiteboul é conhecido pela longa carreira na Fórmula 1, já que foi chefe de equipe da Caterham e eventualmente diretor de operações e chefe da Renault, saindo ao fim de 2020 quando a esquadra francesa foi renomeada para Alpine. Mesmo assim, Cyril reiterou que o desejo da Hyundai é se apoderar da tecnologia, algo que não deve acontecer em curto prazo.

“Acho que não estamos prontos para a Fórmula 1. Penso que a Fórmula 1 é um mundo próprio, que para considerar lá sem ser patrocinador, não é nosso jeito. Não queremos ser patrocinadores. Se não quisermos ser, precisamos estar no controle da tecnologia. É algo que claramente não estamos preparados. Não é que não nos interessa, talvez em um longo prazo, mas algo que não estamos preparados no curto prazo”, concluiu.

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