Com os lançamentos dos carros de F1 em alta, muitos se sentes atraídos pelas novas pinturas ou por inovações aerodinâmicas. Todavia, em uma época de carros insossos e poucas novidades técnicas, alguns preferem gastar seu tempo tentando decifrar o que existe por trás dos nomes dos carros e suas nomenclaturas alfanuméricas.
Certas equipes têm nomes tradicionais e fáceis de compreender – McLaren e Williams, por exemplo, carregam formatos existentes há décadas. Algumas outras ainda tentam transformar suas nomenclaturas em algo tradicional, mas não têm peso para tal. E também tem a Ferrari, a mais famosa de todas, que simplesmente não se importa em ter algo permanente.
Independente de estilos, falta ou sobra de história, o GRANDE PRÊMIO resolveu reunir os significados por trás dos nomes de todos os 11 carros do grid da F1 em 2016, desde a Mercedes até a Haas.
Lewis Hamilton, Toto Wolff, Nico Rosberg e a W07 Hybrid (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Mercedes
A Mercedes, apesar de ter voltado à F1 apenas em 2010, é a equipe mais tradicional em termos de nomenclatura. O
W07 Hybrid carrega o ‘W’, presente nos carros alemães desde 1934, ainda na época dos campeonatos de Grand Prix. A letra vem de ‘Wagen’, ‘Carro’ em alemão. O ‘Hybrid’, como é de se imaginar, indica que trata-se de um carro híbrido, nomenclatura que acompanha a equipe desde 2014.
Ferrari
A Ferrari, ao contrário de outras equipes tradicionais como McLaren e Williams, não tem o hábito de manter nomenclaturas ao longo dos anos. A
SF16-H de 2016, por exemplo, não tem muito a ver com a SF15-T. Mas o novo nome não é por acaso: ‘SF’ vem de Scuderia Ferrari, enquanto o ‘16’ faz menção à temporada 2016. O ‘H’, novidade da vez, também faz referência ao hibridismo do carro.
Williams
A Williams é outra equipe com uma história simples por traz do nome – mas cheia de significado. O
FW38 é o 38º carro construído pela Frank Williams, e carrega suas iniciais.
A contagem, todavia, é mais antiga do que se imagina. A Williams como conhecemos hoje começou com o FW06, de 1978. O FW01, carro da temporada 1975, foi de outra encarnação da equipe de Frank, que em 1977 foi vendida e virou Wolf. Portanto, o FW38 é tanto o 38º quanto o 33º bólido da esquadra.
A Red Bull RB12 (Foto: Getty Images)
Red Bull
A Red Bull é outra equipe com um nome claramente padronizado. Desde o princípio, os carros da equipe dos energéticos carregam a abreviação ‘RB’ antes do número que especifica o bólido. Por isso, não é surpresa que o carro de 2016 seja o
RB12. As letras, claro, são as iniciais de ‘Red Bull’.
Force India
A Force India, mesmo que ainda com curta história, já estabeleceu seu padrão para carros de F1. De 2008 até 2016, o VJM sempre se faz presente – por isso o
VJM09 está longe de ser uma surpresa. Trata-se de uma abreviação do nome do fundador da escuderia, Vijay Mallya.
Jolyon Palmer e sua R.S.16 (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Renault
A Renault, que retorna ao grid em 2016, trouxe leves mudanças ao nome de seu carro. O
R.S.16 traz as iniciais de ‘Renault Sport’, divisão esportiva da marca francesa, mais uma referência ao ano em que o modelo competirá.
A nomenclatura é levemente diferente da empregada na outra encarnação da Renault, entre 2002 e 2010. Antes, a companhia usava apenas o ‘R’ antes do número que apontava o modelo. A última vez que a escuderia usou ‘RS’ foi em 1978, segundo ano da escuderia na F1.
Toro Rosso
A Toro Rosso, assim como a Red Bull, não inventa muito na hora de dar nomes aos carros. O
STR11 carrega as iniciais do nome completo da equipe – Scuderia Toro Rosso –, mais o número que indica o carro feito pelos italianos – 11º, no caso.
Sauber
O Sauber C35 leva um nome com uma história tão simples quanto bonita. A equipe suíça, desde sua profissionalização, carrega a letra ‘C’ antes do número que especifica o bólido. Trata-se de uma homenagem de Peter Sauber à Chrsitiane Sauber, sua mulher, com quem é casado há mais de 40 anos. O primeiro carro com tal formato, o C1, marcou o começo da aventura dos suíços no endurance, onde estiveram até o começo dos anos 1990.
McLaren
A McLaren, na F1 desde 1966, já usou várias nomenclaturas em seus carros, mas estabeleceu uma em 1981. O
MP4-31 carrega a herança do MP4, fruto da chegada de Ron Dennis à equipe. O ‘M’, de McLaren, se uniu ao ‘P4’, de ‘Project Four’ – equipe de Dennis na F2.
O dirigente chegou por indicação da Marlboro, que queria um novo comando para resgatar a equipe do buraco em que havia se metido na segunda metade dos anos 1970. Se Ron não viesse, a marca de cigarros ameaçava abandonar a equipe. Sem muitas opções, o comando da equipe topou. O resto é história.
Pascal Wehrlein e sua MRT05 (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Manor
A Manor precisou reinventar as nomenclaturas para dar sequência à transição que começou em 2015, com a retirada da Marussia. O novo bólido, o
MRT05, tem nome composto pela abreviação de Manor Racing Team, mais o número que indica se tratar do quinto carro da equipe.
Mas como é o quinto carro da equipe, se a Manor só passou a existir em 2015? Pois os ingleses pegaram a contagem da Marussia, que parou no três, decidiram contar a versão atualizada do ano passado como o quarto carro, e assumiram que o de 2016 será o número cinco.
Haas
A Haas é a única equipe do grid que não resolveu abreviar o nome de uma empresa ou uma pessoa, mas sim uma expressão. O
VF-16 carrega letras que abreviam ‘Very First’. O termo inglês tem algum significado semelhante a ‘Primeirão’, em tradução literal, apontando que se trata do primogênito da linhagem americana.
Mas também podemos ver o nome do carro como uma brincadeira antiga da Haas. O nomes também é homenagem da equipe à primeira máquina desenvolvida pela indústria de Gene Haas, o chamado CNC ou controle numérico computadorizado – um sistema que permite o controle de máquinas, sendo utilizado principalmente em tornos e centros de usinagem. Haas havia batizado o equipamento de VF-1 ainda em 1988, quando foi lançado.
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