Todt diz que foi procurado por Horner e Wolff após Abu Dhabi 2021. E o que fez? “Nada”
Jean Todt, presidente da FIA até o fim de 2021, disse que recebeu ligações dos chefes de Red Bull e Mercedes após a decisão da F1 naquele ano. Mas nada fez, por não ser o trabalho do presidente da FIA
O tempo passou, mas a decisão do campeonato de 2021 da Fórmula 1 ainda reverbera e assim será por muito tempo. O então presidente da FIA, Jean Todt, contou que recebeu o contato dos chefes de Red Bull e Mercedes, Christian Horner e Toto Wolff, mas não fez e não faria nada para se envolver com a situação.
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De acordo com Todt, que foi questionado sobre se atuaria de maneira diferente agora, com o tempo passado, não há nada que devesse fazer. O motivo é claro: o papel dele não era interferir com as decisões das pessoas destacadas para decidir o destino de corridas.
“Eu não fiz nada, não é o papel do presidente da FIA”, afirmou ao jornal italiano Corriere della Sera.

“Os árbitros têm de ser autônomos. Já ouviu [Gianni, presidente da FIFA] Infantino dizer ‘Isso foi um pênalti, mas não aqui?'”, questionou para explicar os motivos pelos quais não quis se envolver na situação, que terminou com Max Verstappen conquistando o primeiro título da F1.
“No documentário [‘Jean Todt, la méthode’, feito sobre o francês], dá para ver que eu estava assistindo a corrida na minha casa de campo junto com a minha equipe [da FIA]. Eles me ligaram, Horner e Wolff, e eu respondi a eles: ‘não posso interferir, isso é responsabilidade de comissários e do diretor de prova”, finalizou.
Todt ficou 12 anos e três mandatos na presidência da FIA, atingindo o máximo possível de reeleições. Alguns dias após aquela decisão, a eleição entre dois outros candidatos elegeu Mohammed ben Sulayem como o presidente para o triênio 2022-24.

