Max Verstappen registrou a temporada mais dominantes da história da Fórmula 1. Em 2023, o piloto holandês faturou o tricampeonato após vencer 19 das 22 corridas disputadas, assegurando a taça com cinco corridas de antecedência. Ex-piloto e vencedor de três GPs na F1, Johnny Herbert exaltou os feitos do neerlandês da Red Bull ao longo do último ano.
Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Herbert comparou o domínio de Max com o da McLaren, que venceu 15 de 16 corridas em 1988, além da histórica temporada de Nigel Mansell na Williams em 1992. Apesar disso, o britânico entende que o domínio não é tão atrativo aos fãs, que gostariam de ver Verstappen desafiado.
“Foi uma temporada bem previsível por conta do domínio do Max [Verstappen]. Ter um domínio assim nunca é algo positivo, mas não é a primeira vez que vemos, pois já tivemos com [Michael] Schumacher, com a McLaren [em 1988] ou com Nigel Mansell na Williams. É algo bom? Não acho. Boa parte dos fãs quer ver pilotos próximos, acho que o próprio Max gostaria que tivesse mais proximidade para vencer Charles Leclerc na última volta ou Lewis Hamilton”, declarou.
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Apesar do domínio, Johnny afirmou que a temporada terminou mais equilibrada do que o começo, e este é um sinal positivo para 2024. O GP de Las Vegas, prova em que Verstappen batalhou contra Charles Leclerc até a reta final, foi citado como exemplo de competição parelha.
“Mas foi muito rápido para entender a forma com que a Red Bull conseguiu alcançar tudo isso com o carro. O ponto positivo é que o começo foi muito dominante, mas acabou bem mais equilibrado, como em Las Vegas com a Ferrari. Então, há uma possibilidade ser uma temporada melhor no próximo ano”, seguiu Johnny, apoiado pela Grosvenor.
Herbert também exaltou a forma com que Verstappen pôde controlar a temporada em todos os tipos de pistas possíveis, e de como o desempenho do piloto neerlandês é absolutamente natural, semelhante aos de Lewis Hamilton e Ayrton Senna.
“Em 2023, foi impressionante ver o que o Max fez. Não apenas venceu, mas ele deixou claro que dominaria até mesmo companheiro de equipe. Ele é um raro tipo de piloto, como Lewis Hamilton ou Ayrton Senna. É muito bom em tudo que faz, de forma natural, então as pessoas deveria aproveitar porque não é sempre que vemos alguém ter essa habilidade para vencer saindo da pole ou do décimo lugar. Mas é isso, ele teve o carro capaz de bater todo o resto, em qualquer pista. Dominante, sim, mas atrás foi bem bom com a briga entre Ferrari e Mercedes. Atrás do Max foi legal, mas ele dominou a todos, foi o melhor com sobras”, concluiu.