Norris reconhece “lado bonzinho” e confessa: “Pago por não ser agressivo o suficiente”
Em Interlagos, onde Max Verstappen dominou e venceu, Lando Norris confessou que pode ter “pagado o preço” por não ter um estilo de pilotagem tão agressivo
A disputa pelo título do Mundial de Pilotos esquentou nas últimas três corridas com Lando Norris e Max Verstappen constantemente se encontrando em pista e duelando, como foi nos Estados Unidos e no México. No entanto, o piloto britânico, que agora tem apenas uma chance remota de ser campeão, reconheceu que se encontrou, por vezes, “do lado mais bonzinho” das disputas e que isso já lhe custou um preço a ser pago.
No GP de São Paulo, Norris foi incapaz de aproveitar a pole-position conquistada e cruzou a linha de chegada apenas em sexto, enquanto Verstappen venceu após largar da 17ª colocação. Com isso, o neerlandês abriu 62 pontos de vantagem no Mundial de Pilotos e pode cravar o tetracampeonato já em Las Vegas.
Perguntado em Interlagos se estar constantemente exposto a batalhas com Verstappen provocaria uma revisão da abordagem que adota nessas disputas, Norris negou, mas confessou que já “pagou o preço por não ser agressivo o suficiente”.
“Não, acho que algo que sempre fiz bem durante toda a carreira foi ficar longe de problemas e manter o carro em um pedaço. Todas essas pequenas coisas se somam ao longo de um campeonato, especialmente em uma temporada com teto orçamentário”, iniciou.

“Mas acho que sempre tive a mentalidade de querer competir de forma justa e limpa e, às vezes, fiquei do lado mais bonzinho, seja atacando ou defendendo. Mas acho que sempre tomei boas decisões desse lado e, às vezes, paguei o preço por não ser agressivo o suficiente. Mas o resto não depende de mim. Sei como manter o carro em um pedaço. Isso é algo que faço há um tempo”, continuou.
Segundo Norris, há muitas situações onde é necessário ser mais conservador para manter o carro na corrida e não correr riscos de acidente. Para o britânico da McLaren, essas situações são mais frequentes do que parecem.
“Mesmo quando não percebe, há momentos em que precisa evitar um possível acidente e, talvez, você não veja isso na TV. Mas dentro do carro você sabe que está ali só porque evitou isso, fez aquilo ou evitou essa pessoa. Esses cenários específicos acontecem mais vezes do que as pessoas percebem, e acho que esses são alguns dos desafios que enfrentamos de vez em quando”, concluiu.
De momento, com três etapas para o fim, Verstappen tem 393 pontos e lidera o Mundial de Pilotos, enquanto Norris vem em segundo, com 331. Entre os Construtores, porém, a McLaren é líder, com 593 tentos, enquanto a Ferrari vem logo atrás, com 557, e a Red Bull fecha o top-3, com 544.

Agora, a Fórmula 1 retorna entre os dias 21 e 24 de novembro para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos.
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