Hamilton vê Red Bull “liderando no momento” e diz: Mercedes tem “montanha a escalar”
Lewis Hamilton terminou os dois treinos livres desta sexta-feira atrás de Max Verstappen e fechou a sessão da noite, a mais significativa em termos de comparação de tempos de volta, 0s235 atrás do holandês. O heptacampeão deixa claro: a Mercedes precisa remar muito para superar a Red Bull
Quem imaginou que a Mercedes estava blefando ao alegar os problemas de equilíbrio na pré-temporada e por andar atrás da Red Bull teve uma impressão mais realista da ordem de forças da F1 em 2021 nesta sexta-feira (26) de treinos livres do GP do Bahrein. E, realmente, os taurinos, sobretudo com Max Verstappen, começaram a temporada com a performance melhor, enquanto a Mercedes precisa correr atrás. Essa é a impressão de Lewis Hamilton depois do segundo treino livre do dia no circuito de Sakhir.
No treino livre 1, realizado à tarde e com a pista bem mais quente, Hamilton registrou o quarto melhor tempo, 0s527 mais lento que Verstappen. O heptacampeão ficou atrás também do seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas, e do surpreendente Lando Norris, da McLaren. Na sessão da noite, na qual os pilotos e equipes enfrentaram as mesmas condições que vão lidar na classificação no sábado e também na corrida, no domingo, Hamilton ficou novamente atrás de Verstappen e ficou com o terceiro melhor tempo, 0s235 atrás do holandês.
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Neste momento, Lewis não tem dúvidas: a Mercedes está atrás da Red Bull. E há preocupação com o avanço de outra equipe, a McLaren, que fez ótimo trabalho nesta sexta-feira em Sakhir.
“Acreditamos que a Red Bull seria tão rápida quanto, talvez até mais rápida. Sabemos que eles estão liderando no momento e a McLaren deu um passo que vai ser interessante de ver a longo prazo”, afirmou o piloto em entrevista à emissora britânica Sky Sports logo após o TL2.
Entretanto, o discurso não é totalmente pessimista. Quando questionado sobre uma evolução da Mercedes depois dos problemas de equilíbrio apresentados na pré-temporada, Hamilton se mostrou ligeiramente mais animado.
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“Acho que sim, definitivamente. Acho que, obviamente, antes deste fim de semana, trabalhamos muito na semana passada e acho que demos um passo à frente, mas ainda temos mais a fazer”, salientou.
Lewis fez menção também às mudanças no regulamento, como as adaptações no assoalho e os pneus mais robustos, que fizeram com que os carros perdessem cerca de 10% de downforce. Não à toa, na comparação com o segundo treino livre do GP do Bahrein, em novembro do ano passado, a Mercedes foi uma das que mais perderam tempo, 2s111.
“Com pneus e o downforce reduzidos, o equilíbrio global mudou e não esteve onde nós gostaríamos, mas neste fim de semana está parecendo melhor, mas ainda não é como a gente gostaria que fosse. Ainda temos uma montanha a escalar, mas seguimos otimistas”, afirmou.
A previsão do tempo para o sábado é de ventos fortes, beirando até os 40 km/h, com uma possibilidade até de tempestade de areia durante a classificação. Para Hamilton, a grande questão é ter um carro estável, algo que a Mercedes mostrou que ainda não tem com o W12.
“É tudo questão de estabilidade… De ter um carro estável e de fazer os pneus durarem, o que vai ser fundamental neste clima e diante dessas condições. E isso não é ótimo para nós. A traseira já é instável, mas [as condições] vão ser as mesmas para alguns, ou para a maioria”, explicou.
Bottas vê Mercedes no bolo com “McLaren forte” e Red Bull dentro do esperado
Assim como Hamilton, Valtteri Bottas não ficou totalmente contente com o que enfrentou nesta sexta-feira de treinos livres no Bahrein. No período da tarde, o finlandês foi o segundo mais rápido, tendo a sua melhor volta triturada por Max Verstappen no fim. À noite, Valtteri foi apenas o quinto colocado e ficou atrás, além do holandês, da McLaren de Norris, da Mercedes do companheiro de equipe e até da Ferrari de Carlos Sainz.
O discurso do finlandês é semelhante ao do heptacampeão: a Mercedes está em dificuldades com a falta de equilíbrio do W12, mas num estágio melhor do que foi apresentado na pré-temporada. Mas o nórdico também reconhece que, neste momento, a Red Bull está em um melhor patamar, enquanto a McLaren preocupa neste início de temporada.
“Em primeiro lugar, foi melhor do que testar em relação sobre como o carro se comportou. É bom, mas parece que ainda não estamos lá em termos de equilíbrio do carro. Ao menos foi um dia sem problemas. O principal na minha mente é que ainda temos muito trabalho a fazer se quisermos lutar pela pole e pela vitória. Acho que a inconsistência e o equilíbrio, especialmente na parte traseira, foi uma grande questão sobre abordagem de acerto que tentamos melhorar”, explicou o piloto.
O dono do carro #77 lembrou que o novo carro construído em Brackley ainda está longe do ideal considerado em termos de equilíbrio e pilotagem. “Não é bem o que nós queremos, mas estamos trabalhando nisso. Ainda temos esta noite e amanhã para solucionar isso. O long-run que fizemos foi muito inconsistente e não conseguimos encaixar as voltas. É a sexta-feira, por isso que estamos treinando”.
Por enquanto, na visão de Bottas, a conclusão é que a Mercedes aparece como segunda força, atrás da Red Bull e à frente de uma surpreendente McLaren. “Definitivamente, estamos no bolo. A McLaren me pareceu forte hoje e a Red Bull foi como o esperado. Não acho que sejamos os mais rápidos, mas também não estamos longe e temos um objetivo claro. Vamos ver amanhã”, concluiu.
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