Liberty Media obtém R$ 7,6 bilhões, adianta pagamentos e garante sobrevida de equipes na F1

Com o objetivo de manter a F1 financeiramente saudável e assegurar a sobrevivência das equipes de menor poderio financeiro, o grupo Liberty Media cedeu 33% das ações da sua participação no conglomerado Live Nation para a empresa americana SiriusXM, adiantando pagamentos para ajudar a salvar equipes da falência neste momento de crise

Em tempos de crise, o grupo Liberty Media teve de realizar uma transação bilionária para assegurar dinheiro para garantir a sobrevivência das equipes de menor poderio financeiro do grid da F1 e, de certa forma, assegurar a saúde financeira do próprio esporte. De acordo com a revista norte-americana 'Forbes', o Liberty Media vendeu 33% da participação que tinha na empresa Live Nation, conglomerado global de entretenimento, para a rede de rádio por satélite SiriusXM.

Com a transação, o grupo faturou US$ 1,4 bilhão (ou R$ 7,6 bilhões) e conseguiu adiantar pagamentos para equipes na tentativa de garantir a saúde financeira do campeonato em meio à pandemia do coronavírus.

 
As nove primeiras corridas da temporada foram adiadas ou canceladas, prejudicando as principais fontes de renda da F1, que são as taxas da cidade-sede das corridas, patrocínios e acordos televisivos. Pelo menos no papel, a primeira prova está marcada para acontecer em 28 de junho, na França.
 
As equipes foram bastante afetadas pela crise, já que a distribuição de renda pela participação compõe a maior parte do orçamento do grid. Também importantes são os patrocínios, prejudicados pela falta de corridas. Diversas medidas de emergência foram tomadas para proteger os interesses dos times e do campeonato, como o adiamento da introdução do novo regulamento para 2022 e a tentativa de negociação de um teto orçamentário para 2021.
A Williams é uma das equipes mais preocupadas com a falta de receita neste período sem corridas (Foto: Williams)
Diretor-executivo do Liberty Media, Greg Maffei disse aos investidores da companhia que adiantou os pagamentos para “certas equipes” e está disposto a tomar outras medidas para ajudar a manter os times. A expectativa é que eles disputem o campeonato com sucesso no futuro.
 
Em risco por conta da crise econômica, cinco times com sede na Inglaterra recorreram ao sistema do governo para colocar funcionários em licença forçada e parte de seus salários pagos pelo estado.
 
Times como a Williams, última colocada dos Mundiais de Construtores mais recentes, demonstraram publicamente a preocupação com o futuro da categoria.
 
“Uma grande parte disso é quando conseguiremos correr novamente, especialmente para equipes como a nossa – uma das poucas independentes que restam. Não temos apoio como a maior parte de nossos adversários tem”, disse a chefe Claire Williams em entrevista à emissora Sky Sports Italia.
 
Andreas Seidl, chefe de equipe da McLaren, recentemente garantiu que o lendário time de Woking permanecerá no campeonato, mas também demonstrou preocupação com as concorrentes de menores orçamentos.
 
“Sendo franco, não vejo qualquer sinal de que a Fórmula 1 não vá existir no ano que vem”, disse Seidl. “Acho que o maior risco que vejo é o de perder equipes se você não tomar ações decisivas. É importante que a gente coloque em prática todas ações que discutimos. Congelar desenvolvimento dos carros, prolongar o fechamento das fábricas e assim por diante para garantir a maior economia possível de dinheiro para todas as equipes”, completou.

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