Massa critica falta de desenvolvimento do FW40, mas diretor-técnico da Williams diz que foco já está no carro de 2018

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Embora esteja preocupada em conseguir fechar a temporada no rol das cinco principais equipes do Mundial de Construtores, a Williams já começou a trabalhar duro no projeto do carro para 2018 desde setembro. É o que revela Paddy Lowe, diretor-técnico que chegou a Grove no começo do ano, oriundo da Mercedes. O sucessor do FW40 vai ser seu primeiro projeto integral desde que voltou à Williams. Para o modelo da atual temporada, as atualizações vão ser ocasionais, mas nada que acarrete uma grande evolução. Felipe Massa, ainda sem lugar garantido na equipe para a próxima temporada, reportou a falta de desenvolvimento do carro ao longo do ano, como vem sendo já recentemente.

 

“O primeiro ano foi ok, então, em todos os outros anos foi a mesma coisa como agora. Sem evolução durante o ano, da maneira que esperávamos ter. Neste ano nós começamos de uma boa forma, e então não melhoramos, como nos outros anos”, comentou Massa em declarações publicadas pela revista britânica ‘Autosport’ nesta terça-feira (17). O brasileiro, que está na Williams desde a temporada 2014, entende que há em curso uma mudança de mentalidade dentro da equipe, mas que a mudança "não é para agora".

 

“No ano passado, nós não entendemos nada, simplesmente não pudemos melhorar o carro durante o ano como as outras equipes fizeram. Em 2015 foi a mesma coisa. E a mesma coisa nesse ano. Tivemos muitas peças, mas elas não funcionaram. A equipe tem de entender por que não funcionou, precisa mudar algumas coisas”, declarou Felipe, revelando que o desenvolvimento do FW40 estacionou durante o campeonato.

“Ainda temos as mesmas peças, mas agora elas estão funcionando muito melhor. Desde Barcelona até talvez a corrida antes de Monza, nós tínhamos um carro que talvez era o mesmo desde o começo da temporada. Agora nós estamos alcançando as outras equipes, mas é muito tarde”, lamentou.

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Lowe confirmou que 2018 já começou para a Williams. “Nós entramos em um modo, desde o mês passado, mais ou menos, em que nós só estamos trazendo para o carro coisas que são relevantes para o ano que vem. Principalmente, que nós estamos fazendo agora está sendo direcionado para 2018, então eu acho que não vamos ver nenhuma melhora substancial sobre isso”, disse.

 

“Nós ainda vamos trazer algumas coisas para as próximas corridas, mas nada substancial. Todas as atualizações que trouxemos desde setembro têm essas características, mas não acho que o equilíbrio é muito diferente do que seria normalmente em função do projeto que pretendemos ter para o ano que vem”, explicou o engenheiro.

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Na contramão do discurso de Massa, o diretor-técnico da Williams entende que as atualizações em si corresponderam, mas não a performance global não evoluiu porque foi difícil encontrar o acerto correto para que fosse possível tirar o melhor das novas peças. 

 

“Nós não tivemos nada que não tenha funcionado. Não há atualização que trouxemos neste ano que não nos tenha empurrado à frente, ainda que tenhamos de fazer uma série de experiências para tirar o melhor dele do ponto de vista de acerto. Perdemos terreno, mas não é porque as coisas não funcionaram. É porque não desenvolvemos na margem que nós deveríamos ter feito”, complementou.