Foi-se metade da temporada 2022 da Fórmula 1, e não há dúvidas: Max Verstappen é o cara do momento por tudo que fez aqui. Não necessariamente com o mesmo brilhantismo que lhe foi exigido em 2021, mas com maturidade grande o suficiente para se sobressair em todas as situações que são apresentadas, até mesmo na Áustria, em dia onde a vitória parecia impossível.
Apesar da pole-position e da vitória na corrida sprint, era muito difícil vencer no Red Bull Ring. A Ferrari apresentou uma velocidade de reta invejável e um desgaste ideal nos pneus. Verstappen brigou e resistiu na primeira batalha com o monegasco, mas foi pego de surpresa. Mesmo com a Red Bull acertando a estratégia para colocar o holandês de volta ao topo, não tinha como brigar com o ritmo da Ferrari de Leclerc.
“Foi um dia complicado, estávamos lutando um pouco com os pneus e isso continuou em todos os compostos”, disse ele. “Tive muita degradação para realmente atacar Charles, mas o segundo lugar é um bom resultado em um dia difícil”, acrescentou.
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Não, não é legal perder na pista que leva o nome da equipe Red Bull e na qual Verstappen é um especialista, com quatro vitórias na carreira, mas tudo o que Max fez dentro das pistas em 2022 deixa a derrota pouco dolorida. Foram 6 vitórias em 11 corridas. Ele não só fez sua parte, como contou com vários fatores que o deixam muito à frente de Charles até aqui. É o erro de Leclerc em Ímola, as quebras em Barcelona e Baku, os erros estratégicos em Mônaco e Silverstone e a punição no Canadá. Max incrivelmente aproveitou de quase todas estas oportunidades.
O ano da Red Bull não é perfeito e gerou dúvidas, especialmente pelas quebras sofridas por Verstappen no Bahrein e na Austrália. Porém, no jogo de quem erra mais, a Ferrari vence, e deixou uma liderança de bandeja para o holandês aqui. Não há necessariamente uma atuação histórica do campeão mundial até aqui, apenas um piloto que se vale de tudo para tornar sua situação cada vez mais confortável.
É claro que as derrotas consecutivas na Inglaterra e na Áustria precisam levantar a orelha da Red Bull. O time até pode querer o mesmo fim de 2021, mas o meio, onde Lewis Hamilton se recuperou duas vezes para tornar a disputa mais dura, é algo que o time taurino deve fugir. Tanto Paul Ricard e Hungaroring são provas cruciais antes da pausa de verão para administrar ou deixar Verstappen mais confortável ainda para a maratona final.
