Verstappen vê carro da F1 2026 “estranho” e alerta para “dificuldade de ultrapassagens”

Max Verstappen caminha a passos largos em busca do tricampeonato em 2023, mas já olha para frente. E não gosta nada do que vê. Isto porque o atual bicampeão mundial não ficou nada impressionado com a primeira experiência com as futuras regras da Fórmula 1.

Durante os testes de simulador na Red Bull, Verstappen afirmou que os carros em 2026 serão pilotados de maneira estranha, no sentido de ter de reduzir marchas na reta. “Não é certo. Na frenagem, você fica quase que literalmente plano. Para mim, parece muito estranho, acho que complica um pouco as coisas e precisamos olhar para isso”, disse.

O holandês já havia dado a letra anteriormente sobre a maneira que os pilotos seriam forçados a reduzir a marcha nas retas para recarregar as baterias e que todas essas indicações pareciam bem ruins no impacto da corrida. Em entrevista à Autosport antes do GP da Inglaterra, Max descreveu como seria o carro dos seus sonhos na F1.

“Esses carros [atuais] são, é claro, incrivelmente rápidos”, falou Max. “Ainda gostei dos carros de 2020 e 2021. Eles eram um pouco mais ágeis e divertidos, mas também eram muito pesados. Por mim, definitivamente me livraria do híbrido”.

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Para Verstappen, a cada contato com um carro V8, aumenta sua surpresa com a suavidade, sobretudo, do motor. “A velocidade máxima é lenta em comparação com o que temos agora, mas é apenas a captação do motor e torque. É tão suave todo o processo de entrega, de diminuir e aumentar a marca, muito mais natural do que temos hoje.”

Além dos motores, Max vê outra questão que precisa ser resolvida com urgência: o peso dos bólidos. Embora reconheça que voltar a 550 kg seja impossível por conta das exigências de segurança. “Claro, os padrões de segurança têm que aumentar e melhorar e, assim, os carros são mais pesados para tornar o chassi mais forte. Onde estamos, no momento, está bem pesado e precisamos analisar essa questão”, analisou.

Por fim, outro fator que deixa Verstappen descontente é com o tamanho dos pneus. Para ele, a dificuldade de enxergar as curvas prejudica na hora de andar com pé embaixo. O número 1 da Red Bull também alerta para a insistência da F1 em reduzir o arrasto dos carros nas retas.

“A depender de mim, os carros seriam muito mais arrastados, para não ser reféns do DRS. Novamente, com os novos bólidos em 2026, ao que tudo indica, teremos menos arrasto e, assim, será ainda mais difícil de fazer ultrapassagens”, completou.

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