McLaren descarta seguir na F1 “a qualquer custo” e pede reflexão sobre futuro

A McLaren está disposta a encarar o período turbulento da F1, afetada pela pandemia do coronavírus. Só que não será a qualquer custo: a escuderia quer medidas que tornem o campeonato financeiramente sustentável o mais cedo possível

A McLaren é uma das equipes mais marcantes da história da Fórmula 1, campeonato que disputa já há mais de 50 anos. Só que, em momentos de adversidade, nada pode ser dado como certo. Nem mesmo a permanência no grid “a qualquer custo”: o chefe Zak Brown, refletindo sobre impactos da pandemia do coronavírus, concluiu que é necessário repensar os próximos passos, tanto para a categoria quanto para a escuderia.
 
“Nós somos uma grande marca, uma equipe icônica, mas não temos dinheiro infinito e eu tenho limites impostos pelos acionistas”, disse Brown, falando à emissora britânica ‘Sky Sports’. “Você pode imaginar que nossos negócios de carros de rua, como a maioria dos negócios na atualidade, estão em uma pausa de curto prazo. O que eu não tenho é condições de continuar na F1 a qualquer custo”, frisou.
 
A reflexão de Brown tem como foco possível soluções da F1 para lidar com a paralisação do coronavírus. Com escuderia perdendo dinheiro e encarando um futuro temerário, já se discute um teto orçamentário mais rígido. Além de trazer maior saúde financeira para a parte de trás do grid, a medida tornaria a categoria mais competitiva. A solução só não foi confirmada até aqui por oposição de Ferrari e Red Bull.
A McLaren quer seguir na F1, mas tem suas condições (Foto: McLaren)
“Se eu me encontrar os acionistas e dizer ‘olha, isso [coronavírus] nos impactou e agora a F1 vai ser um esporte economicamente mais viável, um esporte mais competitivo’, aí eu terei um apoio tremendo para lidar com isso”, seguiu Brown.
 
“Nós temos a sorte de que a maioria dos donos de equipes da F1 tem recursos para continuar e encarar o que vai ser um momento muito turbulento. Mesmo assim, se eles não gostarem do formato da F1 após isso tudo, qual vai ser a motivação para continuar? A Sauber [Alfa Romeo], a Haas, essas equipes querem ser competitivas e têm recursos para seguir no esporte. A questão é: eles querem seguir?”, encerrou.
 
A temporada 2020 da F1 segue sem rumo. As provas do primeiro semestre foram canceladas ou adiadas e, no cenário mais otimista, só será possível abrir os trabalhos no fim de junho, com o GP da França. A categoria tenta um mínimo de 15 provas e já flerta com soluções mais ousadas, como realização de GPs até o começo de 2021, talvez até mesmo com portões fechados.
 
 
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