McLaren favorita e Red Bull em apuros: como F1 parte para incógnito GP do Azerbaijão

A McLaren surge como força principal e a Red Bull tende a encarar mais uma etapa desafiadora pela frente, mas o GP do Azerbaijão não é tão simples assim. A verdade é que a F1 parte para uma das provas mais complicadas do calendário, em um traçado que mescla bem a altíssima velocidade com a baixíssima. E aí vira uma guerra em busca do melhor acerto

É Adrian Newey, é Gabriel Bortoleto, é Globo, mas há também uma interessantíssima temporada 2024 da F1 rolando no meio disso tudo. E o campeonato, marcado pelo grande equilíbrio entre as principais forças do grid, abre o terço final do calendário em uma corrida que tem ingredientes para ser uma das mais desafiadoras do ano.

É que o GP do Azerbaijão tem muitos componentes que a tornam especial. Isso não quer dizer que seja certeza de grande corrida, afinal, trata-se talvez da prova mais ‘8 ou 80’ do Mundial, variando com facilidade entre o incrível e o banal. Ainda assim, empilha desafios.

Talvez o mais interessante aqui seja a característica do traçado. A pista azeri flutua entre o fato de ser um circuito de rua e, ao mesmo tempo, ter uma reta gigantesca. No fim, é bem isso: une legal os dois mundos, com trechos de altíssima velocidade e trechos para lá de travados e sinuosos.

E isso leva ao ponto central sobre Baku, que é a importância do acerto do carro. Sim, toda pista exige um acerto especial, um trabalho diferenciado, mas poucas têm isso tão acentuado quanto no Azerbaijão. Justamente por ter ‘duas pistas em uma’, exige um equilíbrio difícil de achar. Afinal, como não sacrificar a velocidade de reta e manter o carro controlado nas curvas? É a pergunta que os times precisam responder.

Charles Leclerc é um dos candidatos em Baku, na abertura do terço final da F1 2024 (Foto: Ferrari)

Há ainda um outro ponto aí: depois de muitos anos como uma das primeiras corridas do calendário, o GP do Azerbaijão enfim foi posicionado de forma mais coerente no calendário, ou seja, fazendo a ponte entre a segunda perna europeia e o GP de Singapura, que puxa um estranho segundo período de ‘quase-férias’. De todo modo, Baku ganha maior importância, já que abre o terço final do campeonato e pode até, de repente, marcar mudança de líder na tabela do Mundial de Construtores.

Dito tudo isso, dá para dizer que a corrida azeri tem, sim, seus favoritos à vitória. E aqui não dá para fugir muito do que as pistas têm dizendo, não dá para reinventar a roda: é a McLaren quem sai na frente, claro.

Ter o melhor carro não é tudo em Baku, mas ajuda muito. E os laranjas, atualmente, não são só isso: é raríssimo ver um acerto de carro que não seja bem feito por eles desde as atualizações de Miami. É o bólido mais versátil do pelotão e com folgas, o que tende a vestir muito bem com o tipo de desafio imposto no Azerbaijão.

A Red Bull, por outro lado, deve sofrer de novo. Não que isso seja exatamente uma novidade no recorte atual da F1 2024, mas a pista, que historicamente é boa para o time, pode castigar este ano. É que aquele setor mais lento, com ataque às zebras, não é o ideal para os taurinos. E nem mesmo a velocidade de reta deve salvar, vide o que rolou em Monza, propriamente uma pista de alta.

A Mercedes segue sendo incógnita (Foto: AFP)

Falando em Monza, a Ferrari chega embalada pela vitória fantástica conquistada em casa, mas não pode se enganar. No fim, o aprendizado na Itália pode ser bem útil, sim, mas achar o equilíbrio entre os setores é uma tarefa bem mais complexa do que foi na etapa passada. Ainda assim, os italianos ao menos são candidatos, evoluíram legal.

E, então, a Mercedes, que é tão incógnita quanto a pista azeri. Os prateados já tiveram bons e maus momentos em pistas de alta, bons e maus momentos em pistas de baixa e em pistas em condições mistas. Resumidamente: pode sair qualquer coisa de lá, inclusive nada.

A F1 2024 já ensinou, em diversas oportunidades, que não se deve descartar ninguém do pelotão da frente em etapa alguma, muito menos quando o assunto é Max Verstappen, mas dá para dizer que a McLaren chega ao Azerbaijão favorita e com a Ferrari no modo caçadora, querendo machucar já no sábado. A confusa Mercedes e a cada vez mais perdida Red Bull tentam a mágica no acerto e buscam brechas.

Fórmula 1 volta às pistas neste fim de semana, entre os dias 13 e 15 de setembro, para o GP do Azerbaijão, em Baku.

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