McLaren promete “várias novas atualizações” para segunda parte de temporada na F1

A McLaren é responsável por um dos maiores saltos — se não o maior — de performance no grid da Fórmula 1 2024. Desde o GP de Miami, a equipe inglesa se equiparou ao poderio da Red Bull e tem consistentemente desafiado a soberania dos taurinos, que parece enfraquecida neste momento. No entanto, além de um grande pacote de atualizações levado pelos papaias à etapa americana, poucas peças novas foram criadas pelo carro nas outras 13 etapas — o que vai mudar na segunda parte do campeonato.

Segundo o chefe Andrea Stella, os trabalhos feitos pela McLaren no túnel de vento durante a primeira parte da temporada vão render frutos após a retomada da pausa de verão, e o carro inglês vai contar com uma série de atualizações nas dez etapas restantes da Fórmula 1 em 2024.

“De fato, a Red Bull levou à pista mais atualizações até agora, em termos de peças, do que nós”, disse Stella. “Mas, definitivamente, posso falar pela McLaren. Estamos em condições de botar em prática o desenvolvimento que fizemos até agora. Na segunda parte da temporada, teremos peças novas várias vezes”, destacou.

O único grande pacote de atualizações da McLaren em 2024 veio em Miami. De resto, a equipe inglesa produziu asas traseiras de maior pressão aerodinâmica para Ímola e Mônaco, de menor downforce para Inglaterra e Bélgica e uma asa dianteira remodelada. Segundo Stella, o comportamento será diferente na segunda parte do campeonato.

“De certa forma, fico surpreso que tenhamos sido tão competitivos, considerando que, desde Miami, não levamos muitas atualizações à pista”, afirmou o chefe da McLaren. “Então, isso mostra o quão grande foi a atualização de Miami. Algumas atualizações novas virão na segunda parte da temporada”, finalizou Stella.

A quantidade de tempo disponível para testes aerodinâmicos na primeira metade do ano é definida pela colocação na temporada anterior. No caso da McLaren, o quarto lugar do Mundial de Construtores de 2023. A partir do dia 30 de junho, porém, essa métrica é recalculada para refletir os resultados do campeonato atual.

Terceira colocada ao fim do GP da Áustria, disputado justamente no dia 30 de junho, a McLaren tem à disposição dois períodos de testes aerodinâmicos (ATP) com 256 tentativas no túnel de vento cada, 64h de simulações de velocidade acima de 15m/s, 320h totais de ocupação do túnel de vento e 1600 possibilidades de modelagem geométrica nas simulações de CFD (Dinâmica Computacional de Fluidos, em tradução livre).

Para efeito de comparação, a Red Bull, líder do campeonato, tem 224 tentativas no túnel de vento, 56h de simulações de velocidade, 280h horas de ocupação do túnel de vento e 1400 possibilidades de modelagem geométrica no CFD por ATP.

A Fórmula 1 volta às pistas neste fim de semana, entre os dias 23 e 25 de agosto, para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.

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