"O Longbow Finance anuncia que, por uma decisão mútua e por pontos de vistas divergentes em relação ao futuro da companhia, Monisha Kaltenborn vai deixar seu cargo na Sauber com efeito imediato. Agradecemos ela por todos esses anos de liderança firme e muita paixão pela Sauber. Desejamos o melhor para ela no futuro. Seu sucessor vai ser anunciado em breve", disse o comunicado.
Segundo a revista inglesa 'Autosport', um dos motivos para
o desligamento de Kaltenborn é o tratamento dado a Ericsson e Wehrlein. O proprietário da Sauber queria fazer do sueco o número um do time, mas Monisha acreditava que a posição deveria ser do pupilo da Mercedes. O jovem alemão foi o responsável pelos quatro pontos conquistados pela Sauber até o momento em 2017.
Kaltenborn encerra assim uma trajetória na Sauber iniciada ainda no fim dos anos 90, quando foi contratada para cuidar de assuntos corporativos e legais da equipe. Desde então, caiu nas graças de Peter Sauber, que reconheceu nela potencial para administrar a equipe como diretora-executiva e, pouco depois, a efetivou como chefe de equipe, com a dura missão de substituí-lo.
Ainda de acordo com a revista, Colin Kolles, ex-chefe da finada HRT, é cotado para assumir o posto de Kaltenborn na Sauber. O dirigente romeno, de cidadania alemã que hoje tem equipe própria no Mundial de Endurance — sendo o único time privado na categoria LMP1, a ByKolles —, teve passagens também por outras equipes da F1, como a Midland, Spyker e a Force India.
Marcus Ericsson e Pascal Wehrlein estiveram no centro da polêmica da Sauber (Foto: Sauber)
google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;
Em 2012, o fundador da equipe transferiu um terço das ações da escuderia para Monisha, mas ela vendeu seus 33,3% quando o time passou para o controle da Longbow Finance, em julho de 2016.
Fundada por Peter Sauber em 1993, o time sediado em Hinwil até viveu um ano razoável em 2013, o primeiro sob a gestão de Monisha, e alcançou o décimo lugar do Mundial de Pilotos com Nico Hülkenberg. Depois, zerou em 2014 com Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez. Em 2015, às vésperas do início da temporada, enfrentou um imbróglio jurídico com Giedo van der Garde, que pleiteava um posto de titular. O holandês e a Sauber entraram em um acordo, com o piloto recebendo uma indenização milionária.
Naquele ano de 2015, com Felipe Nasr e Marcus Ericsson como pilotos, o brasileiro se destacou com 27 pontos, e a equipe terminou o Mundial em oitavo, à frente da McLaren. Em 2016, no entanto, o time foi salvo na ‘bacia das almas’ e marcou apenas dois pontos, os dois sendo somados por Nasr no incrível GP do Brasil. Mas, para 2017, Felipe foi dispensado e Pascal Wehrlein, indicado pela Mercedes, foi contratado para o seu lugar, enquanto Ericsson foi mantido.