Mercedes analisa impacto de assoalho após queda de ritmo: “Não parece o mesmo carro”
Chefe da Mercedes, Toto Wolff admitiu que a equipe ainda não tem explicações para a queda de rendimento entre Bélgica e Países Baixos. No entanto, o austríaco destacou que o novo assoalho pode ter tido um impacto importante no ritmo da equipe em Zandvoort
Depois de uma sequência muito forte antes das férias, com três vitórias em quatro corridas disputadas pela Fórmula 1, a Mercedes voltou da pausa de verão em um ritmo bem diferente. Com George Russell em sétimo e Lewis Hamilton em oitavo no GP dos Países Baixos, a equipe alemã admitiu que o desempenho ficou abaixo do esperado e analisa as circunstâncias que levaram à falta de performance em Zandvoort.
“Às vezes, esses carros são uma caixinha de surpresas”, disse Toto Wolff, chefe da Mercedes. “Fizemos seis pódios seguidos, e esse não parece o mesmo carro que terminou em primeiro e segundo há três semanas. E o primeiro lugar foi por mérito”, ressaltou o austríaco.
“Você não termina com um resultado desses sem nenhum fator combinando para isso. É algo que precisamos analisar nos próximos dias, antes de Monza. Colocamos algo no carro que não ajudou? Produzimos algo para o carro que não ficou bom?”, questionou.
Na Bélgica, última etapa antes das férias, a Mercedes introduziu um novo assoalho, mas desistiu de usar o artefato depois do primeiro dia de atividades. A peça, entretanto, voltou ao carro de Russell no TL1 de Zandvoort e foi instalada também no monoposto de Hamilton a partir do dia seguinte.
Wolff considerou o pouco tempo de pista no primeiro treino livre, que teve asfalto molhado por boa parte da sessão, como um dos fatores para a queda de performance. Segundo ele, é possível que a equipe alemã não tenha tido tempo para avaliar os dados do assoalho corretamente.
“É difícil de julgar essas mudanças de performance. [O carro] parece muito bom às vezes, mas, neste fim de semana, houve uma degradação muito forte. Não foi muito impressionante”, lamentou.
“Acho que tivemos dois fatores. Nós mantivemos a atualização na sexta-feira, e isso nos deixou sem muitos dados. Com pouco tempo de pista, como todos os outros, talvez não tenhamos tomado as decisões certas para o carro. Alguns fatores podem ter entrado em cena e contribuíram para essa performance”, apontou.
Por fim, Wolff garantiu que a Mercedes vai buscar entender os motivos por trás da queda de rendimento, mas admitiu que ainda não tem respostas. Segundo ele, entretanto, a diferença de ritmo entre Bélgica e Países Baixos indica que não foi apenas uma questão de acerto do carro.
“Não quero tirar conclusões rapidamente, porque vamos analisar isso nos próximos dias, e espero que possamos encontrar pistas nos dados. Foi o acerto, a pista, o que erramos? Foi o assoalho? Ou tudo junto? Espero resolver isso até Monza para nos tornarmos competitivos”, afirmou.
“Mas as diferenças de performance são enormes entre primeiro e segundo lugares para sétimo e oitavo. Na minha opinião, não é uma simples decisão de acerto”, finalizou o chefe da Mercedes.
A Fórmula 1 volta neste fim de semana, entre os dias 30 de agosto a 1º de setembro, com o GP da Itália, direto de Monza.
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