Mercedes justifica pit-stop de Hamilton no GP da Turquia: “Perderíamos para Gasly”

Chefe da Mercedes, Toto Wolff explica que equipe pensou em terminar corrida sem parar, mas resultado final seria pior para Lewis Hamilton, que finalizou GP da Turquia apenas na quinta posição

F1 na Turquia: Tudo sobre a corrida em Istambul

Valtteri Bottas venceu o GP da Turquia na manhã neste domingo (10), no Istambul Park, mas nem tudo foi comemoração para a Mercedes. Isto porque Lewis Hamilton brigava pela terceira colocação, e um chamado da equipe para o britânico ir aos boxes minou as chances de um pódio para o heptacampeão, que terminou em 5º, 41s812 atrás do finlandês companheiro de equipe e precisando se defender de Pierre Gasly. Após a corrida, o chefe da equipe Toto Wolff tentou explicar a decisão tomada pela escuderia alemã, que revoltou o inglês ainda durante a corrida.

“Nós achamos que poderíamos terminar em terceiro sem parar ou, se uma linha seca aparecesse, talvez trocar para um jogo de pneus macios”, explicou o dirigente à emissora inglesa Sky Sports. “Então, vimos [Charles] Leclerc perdendo tempo e Lewis também estava perdendo tempo, ficou claro que não chegaríamos ao final da corrida”, afirmou.

O inglês, na primeira vez em que foi convocado pela equipe para ir aos boxes, afirmou que conseguia se manter na pista com os pneus que tinha no carro #44. Após atender ao chamado da Mercedes e efetuar a troca por um novo jogo de compostos intermediários, ficou claro que o chamado foi equivocado. A pista, por já estar secando, foi extremamente prejudicial aos pneus do heptacampeão, que ficaram rapidamente desgastados.

Pilotos que estavam na pista com pneus intermediários usados conseguiam obter tempos mais rápidos do que o britânico, pois seus compostos estavam mais lisos pelo desgaste e se adaptavam melhor à pista, quase seca em alguns pontos. Hamilton, por outro lado, ficou mais lento com pneus que teriam melhor rendimento em um asfalto com mais água, como ficou observado pela aproximação de Pierre Gasly, da AlphaTauri, que havia feito 14 voltas com seus pneus até ali.

A fúria de Hamilton pôde ser ouvida pelo rádio: o britânico pediu para seu engenheiro “deixá-lo em paz” após a aproximação do francês. Para efeito de comparação, Esteban Ocon, da Alpine, resolveu arriscar e concluiu todo o percurso do circuito sem pit-stops, com os mesmos pneus intermediários com que largou, terminando na 10ª colocação, dentro da zona de pontuação.

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LEWIS HAMILTON; MERCEDES; GP DA TURQUIA;
Lewis Hamilton não gostou da estratégia escolhida pela Mercedes no GP da Turquia (Foto: Mercedes)

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Perguntado se Hamilton deveria ter parado na primeira vez em que foi chamado, Wolff admitiu que teria sido melhor para a Mercedes. No entanto, o austríaco ressaltou que para o piloto inglês, era difícil saber o quanto os outros carros se aproximavam. O chefe da equipe ainda disse que caso tivessem tentado ir até o final com os mesmos pneus intermediários da largada, teriam sido ultrapassados pela AlphaTauri de Pierre Gasly, que já tinha efetuado sua troca.

“Seria melhor do que o que conseguimos no final. Mas isso foi medido, e no carro ele não conseguiu ver o quanto ele estava perdendo tempo. Ficou claro que se ele tivesse ficado na pista, teríamos perdido para o Gasly”, previu.

O chefe da equipe ainda lamentou a decisão tomada pela equipe, e teorizou sobre o que teria sido melhor para a Mercedes, dadas as circunstâncias da corrida. De acordo com ele, a melhor estratégia teria sido parar junto com o restante do pelotão e retornar à pista em condições de disputar uma posição no pódio.

“A decisão correta provavelmente era ter sido mais conservador e parado quando todo mundo parou para trocar por novos intermediários, saindo atrás de Pérez e Leclerc, batalhando com eles pela 3ª posição. Apenas olhando em retrospectiva, provavelmente daria certo”, encerrou.

Com o resultado no Istambul Park, Max Verstappen, da Red Bull, reassumiu a liderança do Mundial de Pilotos, com 262,5 pontos, seis a mais do que seu único concorrente pelo título, o segundo colocado Hamilton. A Mercedes, por sua vez, foi a 433,5 tentos com a vitória de Bottas e o 5º lugar do britânico, e ampliou a diferença em mais três pontos para a Red Bull, que agora tem 36 a menos do que a escuderia alemã no Campeonato de Construtores.

Fórmula 1 volta a acelerar dentro de duas semanas para o GP dos Estados Unidos, no Circuito das Américas, em Austin.

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