Minardi relembra 1994 e questiona segurança da nova F1: “Gostaria de saber se está tudo sob controle”

Ex-dirigente italiano comparou mudanças de 2014 com as feitas 20 anos atrás, recordou morte de Ayrton Senna e manifestou preocupação com a suposta falta de segurança dos novos carros, tanto para os pilotos quanto para os comissários de pista: "A F1 introduziu muitas mudanças que podem tornar o esporte perigoso, como as novas baterias", afirmou

 
Giancarlo Minardi saiu oficialmente do circo da F1 em 2005, logo após a extinta Minardi ceder espaço para a equipe B da Red Bull, a Toro Rosso. Apesar disso, contudo, o ex-dirigente italiano continua com trânsito livre no ambiente da categoria e, eventualmente, levanta polêmicas a respeito dos mais variados temas ligados ao Mundial.
 
Desta vez, a questão abordada de forma veemente pelo veterano diz respeito à segurança dos novos carros, mencionando também os pontudos 'Bicos de Gonzo', que podem causar consequências graves em uma batida lateral, em 'T', o que coloca em risco a integridade física do piloto. Entretanto, outras partes fundamentais do novo regulamento também foram abordadas por Minardi.
 
O italiano comparou a relevância das modificações às realizadas há duas décadas, quando a F1 provocou alterações drásticas que afetaram diretamente o trabalho dos pilotos, o que acabou resultando no ano mais tenebroso de sua história, com diversos acidentes violentíssimos e a morte de Ayrton Senna, astro maior da categoria naquela altura. 
 
"Em comparação com 1994, quando perdemos um dos pilotos mais talentosos do mundo, as normas de segurança da F1 também mudaram muito", afirmou Minardi no site oficial de sua extinta equipe. "O que dizer sobre a segurança hoje em dia?"
 
"Nos últimos dias, ouvi as pessoas falando sobre os novos motores turbo e sobre confiabilidade. Só [Adrian] Newey falou sobre segurança. O que eu gostaria de saber é se está tudo sob controle, e gostaria de ouvir isso da FIA", prosseguiu. "A F1 introduziu muitas mudanças que podem tornar o esporte perigoso, como as novas baterias que, em caso de superaquecimento, podem provocar um incêndio inesperado."
 
"Os pilotos receberam a instrução de que, em caso de perigo, devem saltar do carro e evitar tocar a parte externa, mas o que acontece com os comissários? Eles estão devidamente treinados? A FIA deveria elaborar um registro oficial para equipes de pista e comissários. Não podemos esquecer que, nos acidentes, eles são os primeiros a intervir."
 
"Alguns circuitos sediam competições internacionais apenas uma vez por ano. Os comissários são bem treinados? Será que eles saberão como se comportar? Questiono isso preocupado com a segurança do trabalho, mas como entusiasta", encerrou.

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