As quatro fabricantes de motores do Mundial de F1 se reuniram na tarde de sábado (28) em Barcelona para discutir as mudanças que a categoria pretende fazer no regulamento técnico para 2017.
Com o prazo expirado para grandes mudanças já para a próxima temporada, os estudos agora visam um prazo de dois anos. Diversas propostas vem sendo feitas, tanto para os motores quanto para a aerodinâmica dos carros. O encontro que aconteceu no motorhome da Mercedes foi para tratar das unidades de força. Segundo Yasuhisa Arai, diretor de automobilismo da Honda, nenhuma decisão foi tomada.
Yashuita Arai, diretor de automobilismo da Honda (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
“Tivemos uma reunião a respeito das especificações para os motores de 2017, quais são os objetivos. A visão das montadoras não é muito diferente: precisam ser atraentes, poupar dinheiro, pensar nas equipes-clientes. Não é tão diferente”, afirmou Arai-san.
“Não foi feito nenhum acordo, não foi tomada nenhuma decisão”, acrescentou.
Arai-san ainda disse que o grande investimento que foi feito recentemente para a introdução dos V6 turbo fez todas concordarem que realmente é melhor esperar mais um ano para promover novas mudanças.
Diretor técnico da Williams, Pat Symonds não participou deste encontro, mas falou a respeito do que acha que a categoria precisa. Para o britânico, a volta ao passado clamada por muitos não é o caminho que a F1 deve seguir.
“Não sou contra mudanças para 2017, desde que elas sejam feitas pelas razões corretas. O que eu não quero são ‘corridas-retrô’. Se vamos mudar, temos que mudar para algo que as crianças queiram, não os avós”, afirmou, arrancando risadas dos jornalistas presentes.
“As unidades de força de 2014 são excepcionais, realmente estabelecem novos limites. E acho que é uma pena que não falemos mais disso. Não podemos ser tão técnicos, tão nerds, complicados, mas dá para dizer como usamos muito pouco combustível nos carros e isso pode interessar as pessoas. Em vez disso, falamos do barulho”, reclamou.