Montoya revela “não, obrigado” à Ferrari por Schumacher: “Nunca me dei bem com ele”

Em live com o jornalista colombiano Diego Mejía, do site norte-americano ‘Motorsport.com’, Juan Pablo Montoya lembrou que foi sondado por Ross Brawn para correr pela escuderia de Maranello. Mas o ex-piloto de Williams e McLaren na Fórmula 1 ressaltou que “não queria ser segundão”

Juan Pablo Montoya chegou como um furacão à Fórmula 1 em 2001. Contratado pela Williams depois do sucesso na Indy (Cart) com a Ganassi, o colombiano causou furor e, logo na sua terceira corrida, no Brasil, ‘peitou’ o todo-poderoso Michael Schumacher ao emparelhar no S do Senna e assumir a liderança, em manobra histórica. Os dois pilotos travaram certa rivalidade naquele começo de década e não escondiam a inimizade. Mas em 2003, Montoya recebeu uma sondagem inesperada de Ross Brown, então diretor da Ferrari, para se unir à equipe no ano seguinte. E simplesmente disse: “Não, obrigado”.

A revelação foi feita pelo ex-piloto em live com o jornalista conterrâneo Diego Mejía, da versão latino-americana do site ‘Motorsport.com’. Juan Pablo lembrou que foi chamado pelo dirigente britânico no pódio do GP da Itália de 2003, vencido por Schumacher e que teve o colombiano em segundo.

Michael Schumacher e Juan Pablo Montoya no pódio do GP da Itália de 2003 (Foto: BMW)

À época, ao chegar a Monza, o alemão tinha 72 pontos no Mundial de Pilotos, apenas 1 a mais que Montoya. Os dois lutaram pelo título, mas o sul-americano perdeu fôlego na reta final do campeonato, foi superado por Kimi Räikkönen e terminou o campeonato em terceiro, com 82 pontos, contra 93 de Schumacher e 91 do finlandês.

“Ross Brawn me disse uma vez que adoraria que eu corresse para eles, em um pódio em Monza, e eu lembro de ter dito: ‘Não, obrigado’”, recordou Montoya. E o motivo da recusa teve nome e sobrenome.

“É que com Michael lá era impossível. Não queria ser segundão de Michael por nada, e nunca me dei bem com ele. Foi uma guerra psicológica tão forte que seria morte o tempo todo. E também porque Michael tirava todo mundo do seu caminho, e isso me dava uma raiva, então eu fiquei ainda mais agressivo”, disse.

A revelação do colombiano vem dias depois de o jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’ publicar que Montoya era desejado pela Ferrari para formar dupla com Felipe Massa. Só o brasileiro, vinculado com a escuderia italiana desde o início da década, foi definitivamente contratado. Juan Pablo, depois de defender a Williams entre 2001 e 2004, foi contratado pela McLaren, mas teve uma trajetória turbulenta (sobretudo em 2006) e foi dispensado por Ron Dennis.

Com um currículo de 94 GPs disputados, Montoya venceu sete corridas, largou 13 vezes na pole-position e coleciona 30 pódios na F1. Hoje com 44 anos, o hoje piloto da Penske no IMSA SportsCar viveu seu auge mesmo nos Estados Unidos, com duas vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, em 2000 e 2015.

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