MP compara Colapinto a Verstappen e diz que Argentina “procura herói na Fórmula 1”

Para Sander Dorsman, chefe da MP, efeito de Franco Colapinto para a Argentina é parecido com o fenômeno Max Verstappen para os Países Baixos no automobilismo

Franco Colapinto foi uma grata surpresa na temporada 2024 da Fórmula 1. A justa demissão de Logan Sargeant na Williams após inúmeros problemas e pouco desempenho em um ano e meio de categoria fez com que a equipe britânica olhasse com carinho para o seu programa de talentos e promovesse o argentino para as nove corridas restantes do ano. E na primeira experiência, no GP da Itália, Colapinto mostrou seu potencial: largou em 18º e saltou seis posições, concluindo a prova em 12º, próximo da zona de pontuação.

Além disso, é o primeiro argentino a alcançar a categoria máxima do automobilismo em 23 anos. Para Sander Dorsman, chefe da MP — antiga equipe do #43 —, o sua representatividade para o país sul-americano é parecido com o que Max Verstappen representou para os Países Baixos ao chegar na F1, em 2014.

“A base de fãs dele é enorme. Quando ele foi anunciado por nós da F3 para a F2, já foi diferente. Ele estava na Argentina na época e eu recebi vídeos com a rua inteira cheia de fãs aplaudindo e em uma varanda, como uma espécie de papa. Agora a coisa explodiu completamente. A Argentina procura um herói da Fórmula 1. Isso é algo que eles desejavam e que Franco traz para eles como Lionel Messi faz no futebol. Ele não pode atravessar a rua lá”, comentou, em entrevista ao GP Blog.

“O esporte também não era muito popular nos Países Baixos, mas desde Verstappen o país inteiro está voltado para o automobilismo. É a mesma coisa com Franco. É muito bom ver isso. São novas pessoas se apaixonando pelo esporte. É muito legal o que um cara tão jovem pode fazer”, completou o dirigente.

Sander Dorsman, chefe da MP, rasgou elogios a Franco Colapinto (Foto: F2)

Antes de chegar na F1, Colapinto se destacou nas duas principais categorias de acesso, a F3 e a F2. Dorsman, que conhece o argentino como poucos, destacou sua mentalidade vencedora e elogiou a decisão da Williams.

“Ele tem a mentalidade de vencedor que você procura em um piloto e está tendo uma oportunidade fantástica. Se eles continuarem com ele como piloto reserva no próximo ano, terão alguém com experiência relevante na F1. Acho que é uma escolha lógica. Como James Vowles [chefe da Williams] disse: ‘Qual é o objetivo de colocar Andrea Kimi Antonelli?’ Ele não está se saindo tão bem quanto Franco na F2 e, de qualquer forma, estará pilotando por outra equipe no próximo ano. Seria treiná-lo treinando para a Mercedes“, afirmou.

“Sem dúvida, ele precisará de uma preparação para a Fórmula 1. Mas a melhor prática é simplesmente entrar e correr. Não é possível praticar isso em um simulador. Ele precisa fazer isso. Não existe como simular essa pressão de estar na F1. Veja o Kimi [Antonelli] no TL1, em Monza. Você pode fazer muitos dias de testes privados, sem nenhuma mídia por perto, mas na pista a pressão é diferente”, completou Dorsman.

Franco Colapinto fez ótima estreia no GP da Itália (Foto: AFP)

O chefe da MP também destacou o desafio que o piloto enfrentará nas próximas corridas, já que nunca correu oficialmente na maioria delas.

“É um grande salto para Franco [Colapinto]. Não serão as corridas mais fáceis para ele porque, depois de Monza, são circuitos em que ele nunca pilotou. O único em que ele esteve foi Abu Dhabi. Por outro lado, ele precisa se concentrar em si mesmo e tentar pilotar com muita maturidade. Ele não se afeta facilmente”, concluiu.

Agora, a Fórmula 1 volta às pistas entre os dias 13 e 15 de setembro para o GP do Azerbaijão, em Baku.

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