Na contramão da maioria, Hülkenberg rejeita cockpits fechados na F1: “Não devemos esterilizar tudo”

Mesmo após acidentes fatais de Jules Bianchi e Justin Wilson, Nico Hülkenberg, que disputou as 24 Horas de Le Mans em um carro fechado, segue confiante de que a F1 não deve seguir o caminho das coberturas de cockpits. Germânico avaliou que a mudança poderia esterilizar o Mundial

Nico Hülkenberg saiu na contramão de muitos de seus pares e se posicionou contrariamente a adoção de cockpits cobertos na F1. Na visão do piloto da Force India, a medida “esterilizaria” o esporte.
 
A cobertura dos cokpits voltou à tona com a morte de Justin Wilson após um grave acidente na etapa de Pocono da Indy. O piloto britânico foi atingido na cabeça por uma peça que voou do carro de Sage Karam, que se acidentara pouco antes. 
 
Antes do piloto da Indy, o acidente de Jules Bianchi no GP do Japão já havia reiniciado o debate sobre a adoção de medidas para protegerem a cabeça dos pilotos.
Nico Hülkenberg disputou as 24 Horas de Le Mans em um carro fechado (Foto: Porsche)

Falando à imprensa nesta quinta-feira (3) em Monza, Hülkenberg, que disputou as 24 Horas de Le Mans em um Porsche com cockpit coberto, foi questionado se a F1 deveria adotar as coberturas, e respondeu: “Na minha opinião, não”.

 
"Não acho que seja adequado para a F1”, opinou. “Tem seus prós e contras, mas as corridas de F1 sempre foram com cockpit aberto. Sabemos que existe um risco, mas está no DNA das corridas”, defendeu. 
 
 “Não devemos esterilizar tudo, deixando tudo muito clínico e protegendo demais. Não acho que seja bom para o esporte e pode fazer com que as coisas fiquem menos atraentes", completou.
 
Companheiro de F1, Valtteri Bottas contrariou o germânico e avaliou que o Mundial poderia considerar a opção.
 
“Por que não? Se isso não limitar demais a visão, não vejo nenhum ponto negativo”, avaliou. “Foram muitos acidentes com coisas atingindo a cabeça dos pilotos, então acho que qualquer coisa que possa ser feita para proteger, é uma coisa boa”, continuou.
 
“As pessoas dizem que com cockpits cobertos não seria a F1, mas eu realmente não vejo que diferença isso faz”, concluiu.
 
Durante a etapa de Cascavel da Stock Car, o GRANDE PRÊMIO ouviu ex-pilotos da F1 e da Indy sobre as recentes tragédias do esporte e o que se pode fazer ainda. A maioria pediu por mudanças, por uma evolução rápida com relação à proteção da cabeça do piloto dentro dos monoposto
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