Na Garagem: Alonso atrapalha Hamilton na Hungria e deflagra guerra na McLaren

No treino de classificação para o GP da Hungria de 2007, há exatos dez anos, Fernando Alonso decidiu que seria uma boa ideia esperar nos boxes para atrapalhar Lewis Hamilton nos instantes decisivos da atividade. Alonso de fato garantiu a pole e atrapalhou Hamilton, mas começou uma guerra da qual não conseguiria se recuperar



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Bicampeão mundial em 2005 e 2006, Fernando Alonso marchou à McLaren em 2007 para colocar o nome dele na história da F1. Não era uma briga com a equipe que deu uma chance, pelo contrário. Qualquer um sabia, até o então chefe da escuderia francesa, Flavio Briatore, que o domínio ali não era de longo prazo. A McLaren abriu as portas, e Alonso foi para passar a próxima década recolhendo títulos mundiais. Na outra vaga da escuderia de Woking, um novato. Menino, apoiado desde novo pela equipe de Ron Dennis, Lewis Hamilton estreava na F1 num ambiente pesado.

 
A impressão era uma só: Alonso seria o primeiro piloto e estaria na linha de frente da tentativa de reconquista do Mundial de Pilotos, que a McLaren não ganhava desde Mika Häkkinen em 1999; Hamilton seria um honorável #2 e auxiliaria o companheiro estrelado além de ser peça-chave para o Mundial de Construtores.
 
Quando começou a temporada, porém, ficou claro que o panorama não seria como o pintado nos meses anteriores. Após cinco etapas do campeonato, Alonso ganhara duas corridas e Hamilton nenhuma, mas os dois estavam empatados na liderança. A temperatura esquentava, mas ainda se mantinha sob um certo controle. Lewis, então, ganhou duas corridas na sequência. Ao fim de dez provas, Alonso havia conquistado três triunfos, mas ficado fora do pódio em outras três; Hamilton foi ao pódio em nove, mas deixou de pontuar na Alemanha.
 
Foi neste ambiente que a F1 chegou à Hungria. Dois pontos separavam ambos – com o então novato à frente. Fernando não estava feliz. Dizia para a imprensa que não estava "totalmente confortável". "Tenho um companheiro britânico, numa equipe britânica. Todo o benefício vai na direção dele, eu entendi isso desde o começo", falou. O status de primeiro piloto incontestável que Dennis havia prometido não foi entregue, e o campeonato estava na segunda metade com o novato em vantagem.
A largada do GP da Hungria de 2007 (Foto: F1Fanatics.com)

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A McLaren tinha um acordo para treinos classificatórios em pistas mais extensas: em situações alternadas, um dos pilotos tinha direito a uma volta a mais no Q3. Em Hungaroring, pista onde as ultrapassagens são extremamente complicadas, Alonso era o beneficiado. Hamilton, já genioso, se recusou a abrir o caminho para a vantagem de Alonso. Mas Fernando não aceitou bem e quis manter sua vantagem a fórceps.

 
Os dois foram ao pit-lane colocar um último jogo de pneus para tentar a pole. Alonso entrou antes, com pouco tempo no relógio e fez a troca. Mas com um grande porém: ficou parado com o carro após receber a liberação da equipe para voltar à pista. Atrás, Lewis esperava para fazer a troca do jogo de pneus. Alguns segundos combinados com o fisioterapeuta que fizeram uma diferença monstruosa em favor dele: Alonso acelerou forte na volta de saída e abriu o giro rápido com 2s de treino. Hamilton, como planejado pelo rival, não teve a mesma sorte e não pôde dar a última volta rápida. Nos boxes, Dennis aparecia possesso com a bagunça.
 
Fernando fez a pole, mas entrou numa estrada sem volta. Tudo isso num 4 de agosto, há exatos dez anos.
 
A FIA puniu Alonso com perda de cinco posições do grid de largada, o que acabou dando a pole para Hamilton. Lewis ganhou a corrida, seguido por Kimi Räikkönen e Nick Heidfeld e, no quarto posto, o bicampeão.
Fernando Alonso e Lewis Hamilton nos pits da Hungria (Foto: Reprodução)
Os dois pilotos pararam de se falar. Hamilton, Alonso e Dennis não conseguiam se comunicar direito entre os três. A dupla iria protagonizar uma disputa fantástica na temida curva Eau Rouge, no GP da Bélgica, mas nem sequer isso evitou que a Ferrari se aproveitasse do clima beligerante. Foram sete provas entre a Hungria e o fim da temporada – Räikkönen venceu três e foi ao pódio em todas. Acabou ganhando o campeonato por 110 pontos contra 109 de Lewis e outros 109 de Fernando.
 
Antes do fim da temporada, estava claro que Alonso não continuaria. E assim foi. Fernando disse que não seria capaz de passar mais tempo naquele ambiente e com aquelas pessoas e resolveu voltar para a Renault mesmo sabendo que não teria chances de ser campeão enquanto ali estivesse. Em 2015, depois de uma passagem frustrada pela Ferrari, regressou à McLaren num carro terrível, mas com uma personalidade completamente diferente.

 

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