Na Garagem: Barrichello é traído pelo motor e termina ano sem marcar pontos

Rubens Barrichello teve uma longa e próspera carreira como piloto do Mundial de F1. Ninguém tem mais largadas na história da categoria e são ainda 11 vitórias além disso. Mas talvez o pior momento dessa longa história aconteceu num 21 de outubro como hoje, mas há exatos dez anos. Com problemas no motor no GP do Brasil, Barrichello saiu de Interlagos com a confirmação de que não marcaria nem sequer um ponto na temporada 2007

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Muito antes de chegar à bonança da Ferrari, Rubens Barrichello construiu uma carreira sólida e que faria com que fosse lembrado de alguma forma na F1. Nas andanças por equipes pequenas, a situação de Barrichello foi melhor ou pior, mais precária ou de boas condições, mas sempre terminou rendendo pontos – ainda que nos primeiros anos apenas os seis primeiros colocados pontuassem. Foram quatro anos de Jordan e três de Stewart antes dos seis anos na Ferrari. De lá para a Honda em 2006, Rubens começou 2007 ainda com a marca japonesa tendo os pontos como constante nas 14 temporadas da carreira. 

 
Acontece que as corridas foram passando. No 2007 onde o top-8 saía com tentos – hoje são os dez primeiros -, a Honda de Barrichello e Jenson Button apresentara um carro péssimo e que parecia incapaz de ser levado aos pontos. Nas sete corridas iniciais do ano, nada. Na oitava prova, o GP da França, Button anotou um oitavo posto e fez o primeiro ponto. Jenson pontuaria de novo na 13ª e 16ª etapas, Itália e China, e terminaria o ano com míseros seis tentos. Ao mesmo tempo, parecia haver uma certa tranquilidade quanto Rubens. Uma hora seria a hora. Restava esperar.
 
O tempo passou. Barrichello bateu na trave com um nono lugar na Inglaterra, foi décimo na Espanha, Itália e Japão, mas o top-8 simplesmente não chegava. Após 16 etapas, restava somente a corrida de casa: o GP do Brasil do dia 21 de outubro de 2007. Era arrancar um oitavo lugar em Interlagos ou deixar aquela temporada ficar na história da impressionante carreira de Barrichello: um ano sem pontos. 
 
No treino classificatório, estava claro: um brasileiro estava roubando o show. Mas era Felipe Massa, que cravou a pole-position com certa sobra. Massa vencera o GP do Brasil um ano antes e era um fator fundamental na disputa pelo título mundial de 2007. Barrichello, aliás, se classificou muito bem dentro das capacidades do carro. Escapou de um Q1 em que caíram as duas Spyker e as Super Aguri, além da Renault e Heikki Kovalainen e a Williams de Kazuki Nakajima. No Q2, Button apenas o 16º posto – Rubens foi cerca de 0s5 mais rápido e se colocou em 11º, beliscando o tempo feito por Nick Heidfeld, da BMW.
Rubens Barrichello terminou o ano sem pontos (Foto: Honda)

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A comoção local com a situação de Barrichello não escondia a disputa por título mais fervente da F1 nos últimos anos: Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Räikkönen estavam no páreo. Enquanto o mundo se voltava para a briga entre os três na frente – e o erro de Lewis que acabou por custar o título -, no meio do pelotão Barrichello brigava com o motor Honda. Entre tentar atacar o relógio e lidar com as dificuldades que o motor oferecia, queimou a partida recebeu um drive-through de punição.

 
O que já era extremamente difícil se tornou rapidamente uma tarefa herculea.
 
Barrichello não fazia má corrida, pelo contrário, recuperou bastante posição e até apareceu nos holofotes por mais de uma vez: por estar exatamente à frente de Hamilton. Os abandonos que foram pontuando a prova também pareciam ajudar, mas um deles foi uma premissa: Button, na volta 20, abandonou com problemas no motor.
 
Algumas voltas depois, foi o próprio motor Honda de Barrichello que começou a apresentar problemas. "Tive um problema na largada, tentei consertar, mas o motor ia quebrar de qualquer jeito", recelou Rubens após a corrida. Na volta 40, capitulou: Barrichello pela primeira vez na carreira, terminava um ano zerado na tabela de pontos. Aos 35 anos de idade.
 
"Foi péssima [a corrida]. Uma falha na largada me deixou nas últimas posições e tirou a chance de competir por algo melhor. Não acredito em má sorte, mas não deu nada certo", falou ao fim da corrida. 
Rubens Barrichello e Lewis Hamilton no Brasil em 2007 (Foto: Honda)

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Lá na frente, Massa tinha a corrida na mão, mas abriu mão da vitória porque o companheiro de Ferrari, Räikkönen, seria campeão vencendo e com Alonso sendo apenas terceiro. Assim foi. Räikkönen foi coroado campeão mundial de 2007, o ano que muita gente imaginava apontar para um fim de carreira iminente e melancólico de Barrichello na F1. Não foi o caso. 

 
Com apenas os seis pontos de Button, a Honda – que disputou toda a temporada sem um patrocinador sequer – terminou no oitavo lugar entre 11 equipes de Mundial. Superou a Super Aguri [quatro] e a Spyker [um]. No papel, superou também a McLaren, que fez 203 pontos totais mas terminou sendo desclassificada do Mundial de Construtores pelo escândalo do 'Spygate'.
 
No ano seguinte, a Honda manteve a dupla de pilotos e voltou a apresentar um carro ruim. Desta vez, porém, Barrichello superou Button, marcou 11 pontos e foi até ao pódio na Inglaterra. A Honda, então, resolveu deixar a F1 e abriu espaço para que Ross Brawn comprasse o espólio da equipe e criasse a Brawn GP – com Button e Barrichello no comando. Em 2009, então, Button se tornou campeão mundial e Barrichello ficou com o terceiro lugar no Mundial de Pilotos.  
 
Antes de deixar a F1, Rubens ainda disputou duas temporadas com a Williams. Saiu ao fim de 2011, com 322 largadas – um recorde histórico – e 11 vitórias em 68 pódios. 
RITMO DE FESTA

PADDOCK GP CHEGA À EDIÇÃO 100 COM HISTÓRIAS IMPERDÍVEIS DE EDGARD MELLO FILHO

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