Na Garagem: Corrida maluca em Interlagos dá primeira vitória a Fisichella

Em uma prova tumultuadíssima e marcada por chuva e acidentes, a pequena Jordan foi esperta na estratégia e conseguiu colocar Giancarlo Fisichella em posição de vencer o GP do Brasil em 2003. Uma confusão da direção de prova, entretanto, acabou premiado Kimi Räikkönen, que, dias após, teve de entregar o troféu ao italiano

Há exatos 15 anos, a F1 testemunhou uma das corridas mais malucas da história de Interlagos. E aconteceu de tudo naquele GP do Brasil que ainda era celebrado no início da temporada. Tudo começou, claro, com a chuva. Aí vieram os acidentes, safety-car e o vencedor, hein? Esse só foi conhecido dias depois, o que apenas comprova o quão doido foi aquele terceiro GP, realizado em 6 de abril de 2003.
 
Naquele ano, o campeonato desembarcou em solo paulistano com Kimi Räikkönen e a McLaren na liderança. A equipe inglesa vinha de duas vitórias: na Austrália, com David Coulthard, e na Malásia, com o finlandês que hoje defende da Ferrari. Acontece que, no sábado, Rubens Barrichello brilhou. Diante de uma agitada torcida nas arquibancadas do mais tradicional autódromo nacional, o brasileiro cravou sua sétima pole-position da carreira e a primeira no Brasil.
 
A expectativa por uma vitória brasileira era, naturalmente, grande. Mas essa corrida se mostraria um pouco mais complexa. 
 
O destino foi caprichoso. No domingo, o sol e o céu azul da classificação deram lugar a um tempo nublado e chuvoso. Na verdade, a água não deu trégua, e a direção de prova decidiu que a corrida teria início com o safety-car puxando o pelotão. O carro de segurança ficou na frente durante as primeiras sete voltas. Quando a prova teve início mesmo, Barrichello fez péssima largada e viu Coulthard tomar a ponta.
 
Não demorou muito, e o escocês foi superado pelo companheiro de McLaren, enquanto Rubens ia perdendo colocações. Mas o ferrarista retomou ritmo e foi capaz de recuperar terreno nas voltas seguintes. Ainda no início, Nick Heidfeld e Justin Wilson abandonaram com problemas de motor.
Largada do GP do Brasil de 2003 (Foto: Ferrari)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Aí, na volta 18, Ralph Firman sofreu uma quebra de suspensão no carro da Jordan em pela reta dos boxes e acabou atingindo Olivier Panis, da Toyota. Resultado: nova entrada no satefy-car. Daí em diante a prova foi se desenrolando em um caos.

 
Poucos giros depois, Antônio Pizzonia bateu na curva do Sol, trazendo junto Juan Pablo Montoya. O SC foi inevitável. O trecho estava bastante escorregadio e também vitimou Michael Schumacher, que por pouco não atingiu um trator que fazia a retirada dos carros acidentados pouco antes. Na relargada, no giro 33, Jenson Button também bateu no mesmo ponto. Seis pilotos acabaram envolvidos em incidentes ali no total.
 
Tumulto controlado, Barrichello, agora em segundo, já andava em um ritmo mais forte e tentava alcançar o líder Coulthard. A ultrapassagem aconteceu na 45ª passagem. Rubens ergueu a torcida nas arquibancadas, mas a euforia durou pouco. Duas voltas mais parte, o brasileiro precisou abandonar com pane seca. A cena do ferrarista, sentado na grama do lado de fora da pista, é uma das imagens daquela emblemática corrida.
Sentado na grama, Barrichello assistiu ao restante da prova (Foto: Reprodução)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Mas esse não seria o único drama da prova brasileira. Líder, Coulthard foi aos boxes e Räikkönen assumiu a liderança. Só que a McLaren não imaginava o que tramava a pequena Jordan. Ainda na primeira parte da corrida, a equipe reabasteceu o carro de Giancarlo Fisichella já prevendo as maluquices que poderiam acontecer diante do confuso início do GP brasileiro. Por isso, na parte final, o italiano voava pela pista e se aproveitou de um incidente com Kimi para assumir a ponta no 54ª giro.

 
Räikkönen havia aquaplanado no Mergulho, mas não chegou a bater.

Pouco depois, Mark Webber, então na Jaguar, perdeu o controle do carro e sofreu um forte acidente na subida da Curva do Café. A pancada espalhou peças para todo o lado e acabou gerando uma segunda colisão. Fernando Alonso, que vinha logo atrás, não conseguiu desviar e atingiu uma roda na pista, batendo violentamente contra o muro na sequência. Isso tudo aconteceu instantes após Fisichella abrir a volta 55 na frente. Foi também aí que a direção de prova sinalizou a bandeira vermelha e decidiu antecipar o fim da corrida.

 
A Jordan e o italiano já celebravam, mas os comissários anunciaram Räikkönen como vencedor. De acordo com o regulamento, quando uma prova é encerrada por bandeira vermelha, valem as posições da volta anterior, na qual Giancarlo era realmente o líder. Mas um erro da direção considerou Kimi o primeiro colocado. Tanto que, no pódio, o finlandês apareceu no lugar mais alto, seguido do italiano. A terceira colocação era de Alonso, mas, devido ao acidente, o espanhol havia sido encaminhado para o centro médico.
Fisichella passa pelos destroços de Webber e Alonso (Foto: Getty Images)
Alguns dias depois, uma investigação foi aberta, e direção da F1 reviu as imagens e reparou os resultados, considerando Fisichella o vencedor, que recebeu o troféu uma semana mais tarde, em Ímola, antes do GP de San Marino.
 
CEDO DEMAIS?

ALONSO ENTRA NO ‘MODO EMPOLGOU’ ANTES DO TEMPO

.embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; }

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.