Na Garagem: Fangio tira diferença de um minuto, vence e é penta

‘Todo mundo tenta, mas só o Fangio é penta’, ou algo assim, é o que poderiam dizer os fãs de Juan Manuel Fangio ao final do GP da Alemanha de 1957 — uma das maiores apresentações da carreira do argentino no Mundial de F1.

 

A vitória conquistada de forma espetacular em Nürburgring selou a conquista do quinto e último título de Fangio na categoria.

Largando na pole, ele foi superado por Peter Collins e Mike Hawthorn na bandeira verde, mas logo recuperou a dianteira. Fim de papo? Nada disso. Seu pit-stop no meio da corrida foi extremamente lento, e a Maserati o devolveu à pista com uma desvantagem de mais de um minuto para Hawthorn e Collins.

 

Então começou o show. Chegando a girar 8s mais rápido do que na volta da pole-position e quebrando várias vezes o recorde do Nordschleife, Fangio alcançou a dupla da Lancia-Ferrari na penúltima volta.

Passou, venceu e depois declarou: “Eu nunca pilotei assim antes, e sei que nunca mais vou conseguir.” 

 

Fangio, ao final de 1957, aposentou-se da F1 como o maior campeão. Ele só foi superado quase 50 anos depois, por Michael Schumacher. No entanto, apenas o argentino foi capaz de ganhar campeonatos com quatro equipes diferentes (Alfa Romeo, Ferrari, Mercedes e Maserati). Outros nove campeões o fizeram por duas equipes, e os demais 22 só chegaram à glória máxima do esporte a motor por uma única escuderia.