Na Garagem: Hill vence na chuva em Interlagos e supera pai em vitórias

Damon Hill precisou conviver durante toda a carreira com a pressão de ser filho do campeão mundial Graham Hill.

 

Fosse pela expectativa que acompanhava seu sobrenome, fosse pelo o que ele mesmo apresentava na pista, o britânico era sempre bastante criticado. Até hoje, há quem o considere um dos piores campeões da história da F1 — um rótulo que, de certa forma, é injusto se se levar em conta o número de vitórias conquistadas na categoria.

 

O piloto de Brabham, Williams, Arrows e Jordan terminou a carreira com 22 triunfos, sendo que seu pai ficou para trás em 31 de março de 1996, em Interlagos.

 

 Damon fez a pole com quase 1s de vantagem para a Jordan de Rubens Barrichello, e não chegou a ser verdadeiramente ao longo da prova, disputada debaixo de chuva em São Paulo. Ele liderou 68 das 71 voltas, só perdendo a ponta durante uma rodada de pit-stop para Jean Alesi, e cruzou a linha de vantagem com 17s para o francês da Benetton. Foi sua segunda vitória em duas corridas em 1996, o ano que enfim o consagraria na F1.

Barrichello até que fez uma corrida interessante, embora prejudicada pela chuva. O paulista queria fazer apenas uma parada, só que foi forçado a uma segunda na parte final da prova para trocar dos pneus de chuva para os slicks.

 

Depois de cair para quarto na largada, recuperou as posições após uma rodada de Jacques Villeneuve e uma escapada de Alesi. Quarto novamente com o pit extra que fez, estava bem mais rápido que a Ferrari de Schumacher até cometer um erro enquanto tentava encontrar espaço para uma ultrapassagem, rodar e abandonar.

 

Antes da corrida, a propósito, Barrichello ganhara um beijo do Ministro dos Esportes do Brasil: Pelé.