Na Garagem: pressionado, Brabham bate e perde vitória na última volta

Quem não gosta de uma corrida com mudança de líder na volta final? Não é um acontecimento exatamente comum. Na história de quase 1000 GPs do Mundial de F1, apenas 26 vezes alguém ganhou a prova assumindo a ponta na última volta. A mais recente delas foi em 2011, com Jenson Button passando Sebastian Vettel no GP do Canadá.

 

A história de hoje, porém, nos leva mais para o passado, mais precisamente até o ano de 1970. Uma briga entre dois campeões mundiais foi decidida apenas na derradeira curva no GP de Mônaco, e com um deles errando feio.

 

O defensor do título, Jackie Stewart, largou na frente e se manteve em primeiro até a sua Tyrrell parar com o motor quebrado. O primeiro lugar, então, ficou para o tricampeão Jackie Brabham, que voltas antes ultrapassara Chris Amon.

Na briga dos oceânicos, o neozelandês Amon seguiu perseguindo o australiano Brabham até o trecho final da corrida, quando sua suspensão quebrou.

 

O segundo lugar sobrou para Rindt, que largara em oitavo e viera ganhando posições pouco a pouco ao longo da disputa.

 

Nas últimas voltas, ele partiu para o ataque sobre Brabham, que foi se segurando até a última curva. Foi quando ele passou um pouco do ponto na hora de pisar no freio e bateu. Rindt passou e foi tranquilo receber a bandeirada em primeiro lugar. Brabham deu ré, voltou para o traçado e chegou 23s1 atrás. O francês Henri Pescarolo completou em terceiro para o primeiro e único pódio da carreira na F1.

 

Curioso que Rindt ganharia mais uma prova na última volta em 1970. Em julho, de novo deixou Brabham para trás, desta vez no GP da Inglaterra.

 

Mas sabem qual é a melhor parte de relembrar esta história? Ter um pretexto para ver imagens coloridas dos carros da F1 em Mônaco no começo dos anos 1970, a Era Romântica da categoria. Deliciem-se: