Na Garagem: ‘quase líder’, Ascari bate e cai no mar em Mônaco. ‘Le Petoulet’ vence

Foi um susto enorme o que levou o bicampeão Alberto Ascari no GP de Mônaco, mas ele escapou praticamente ileso de uma queda com carro e tudo nas águas do Mediterrâneo. Sobrou para o ‘cocô de rato’

A imagem de um carro caindo no Mar Mediterrâneo durante o GP de Mônaco, vista no filme ‘Grand Prix’, pode parecer cinematográfica demais para ser verdade. Mas havia um precedente, e protagonizado por um bicampeão mundial.
 
Em 22 de maio de 1955, a F1 voltava a largar para uma corrida no Principado após cinco anos. A pole-position ficou com a Mercedes de Juan Manuel Fangio. Completando a primeira fila, o Lancia de Alberto Ascari e uma outra Mercedes, de Stirling Moss.
O GP de Mônaco de 1955 (Foto: Forix)
Fangio disparou na frente e Moss o acompanhou, e rapidamente eles abriram uma larga vantagem. A superioridade das Flechas de Prata durou até a transmissão do argentino quebrar na 50ª volta.
 
Moss passou ao primeiro lugar. Na 82ª volta, sua vantagem era de quase uma volta. Ascari vinha em segundo e assumiria a ponta, mas não chegou a passar pela Mercedes do inglês. Foi quando o desastre aconteceu. O italiano errou na chicane e viu seu carro passar por cima do guard-rail para cair no Mar Mediterrâneo. Ele apenas quebrou o nariz, tendo conseguido nadar até ser resgatado.
Alberto Ascari passando pela chicane onde a sua última corrida na F1 terminaria (Foto: Forix)
 
Aquilo foi o de menos. Na semana seguinte, testando um protótipo da Ferrari no oval de Monza, o bicampeão morreu aos 36 anos.
 
Mas voltando ao GP de Mônaco, a dianteira sobrou para o francês Maurice Trintignant. Seu apelido era ‘Le Petoulet’, algo como ‘cocô de rato’.
 
Calma, nada a ver com sua higiene ou algo do tipo. É que, uma vez, seu carro não saiu do grid de largada porque os tubos de alimentação estavam entupidos com cocô de rato. Eles tinham feito um ninho dentro do tanque de combustível.
Maurice Trintignant venceu duas vezes na F1: as duas em Mônaco (Foto: Forix)
Trintignant liderou as últimas 20 voltas para vencer a primeira corrida da carreira na F1. Ao todo, ele ganhou duas provas: a outra foi o GP de Mônaco em 1958. Eugenio Castellotti chegou em segundo e deu à Lancia seu único troféu na F1, e Jean Behra e Cesare Perdisa dividiram o terceiro lugar com a Maserati.
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