Na torcida por ‘final feliz’, Grosjean entende que compra da Lotus pela Renault “beneficiaria a F1”

Alçado à condição de piloto de F1 pela Renault ainda em 2009, Romain Grosjean sonha em ver a fábrica francesa de volta ao grid como equipe. Por isso, torce para que a montadora concretize a intenção de comprar a Lotus, seu atual time

Se tem uma pessoa que torce como nunca para um desfecho positivo envolvendo a possível compra da Lotus pela Renault, esse alguém é Romain Grosjean. O franco-suíço contou com o apoio da montadora francesa em praticamente toda a sua carreira. Foi a Renault, enquanto ainda fazia parte da F1 como equipe, quem tratou de desenvolver seu talento no programa de jovens pilotos para alça-lo à condição de titular em substituição a Nelsinho Piquet na temporada 2009.

Romain vê a negociação como uma solução ideal para resolver as dificuldades financeiras que impedem o desenvolvimento do Lotus Mercedes E23, um carro melhor em relação ao de 2014, mas que carece de evolução, sobretudo pelo fato de que ainda restam nove corridas para o fim da atual temporada. Mas, principalmente, Grosjean acredita que um ‘final feliz’ envolvendo Lotus e Renault seria benéfico para a própria F1.

Romain Grosjean não está muito animado com a atual situação da Lotus. Por isso, torce para que a Renault compre a equipe (Foto: AP)

“Primeiro de tudo, beneficiaria a F1. Há tempos que estou ligado à Renault, que desempenhou um papel importante na minha carreira, quando me ajudou a estrear na F1. Depois disso, me demitiram, e não foi o melhor momento da nossa relação, mas voltei à F1 e consegui nove pódios com um carro empurrado por motor Renault”, recordou o piloto em entrevista à revista francesa ‘Auto Hebdo’.

“A F1 precisa de mais montadoras de carros. É incrível ser parte de uma montadora e estou certo de que a Renault poderá melhorar sua unidade de força”, acrescentou Romain, mostrando fé no trabalho da fábrica de Viry-Châtillon.

Grosjean também falou sobre os problemas vividos atualmente pela Lotus. “Muitas equipes estão em uma situação financeira difícil. A F1 requer grandes recursos para manter o ritmo de desenvolvimento. Testar uma nova asa dianteira, por exemplo, não é fácil. Ao contrário de Red Bull ou McLaren, não podemos trazer coisas novas a cada corrida. Espero que esse tempo dure o mínimo possível e que possamos seguir adiante”, declarou.

“A situação não é a ideal. Mas não é que esteja melhor que em outros lugares, já que alguns falam muito da Lotus e nada sobre seus próprios problemas. A Genii Capital tem grandes recursos, mas agora estamos falando da venda da equipe, então é normal que eles não queiram investir. Mas isso não nos tira a vontade de ir para as corridas”, complementou o piloto.

Na primeira fase da temporada, a Lotus somou 35 pontos, sendo 23 de Grosjean e 12 de Pastor Maldonado. Após as dez primeiras corridas de 2015, a equipe de Enstone ocupa o sexto lugar no Mundial de Construtores com 35 pontos, quatro a menos em relação à Force India, quinta colocada.

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