“Não sei como sobrevivi”: Zhou relata detalhes de acidente assustador em Silverstone

Guanyu Zhou falou pela primeira vez sobre os segundos de terror que viveu em Silverstone, explicando que só se deu conta de que havia parado entre a barreira de pneus e a grade da arquibancada quando foi tirado do carro

O GP da Inglaterra de 2022 já entrou para história pelo acidente assustador de Guanyu Zhou na largada, e o chinês falou pela primeira vez sobre o assunto durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira (7), na Áustria. Zhou deu detalhes sobre os segundos de terror que viveu, desde a batida de George Russell que fez seu carro capotar até o momento em que ficou preso entre a barreira de pneus e a grade da arquibancada e admitiu: na hora, não sabia como tinha sobrevivido a tudo.

Aos jornalistas, o piloto da Alfa Romeo explicou que a sua primeira reação quando o carro capotou foi soltar a mão do volante. “Você pode quebrar o pulso facilmente num acidente como esse”, disse Zhou, contando que, em seguida, tentou ficar numa posição o mais segura possível dentro do cockpit. A partir daí, só restou esperar o impacto e torcer para nada grave acontecer.

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O acidente de Guanyu Zhou foi um dos mais fortes dos últimos anos na F1 (Foto: Reprodução)

“Eu não estava apenas com a mão afastada, mas deixei ela razoavelmente tensionada para não sair voando com o último impacto. Basicamente, só fiquei esperando o impacto final. Quando finalmente parei, não sabia onde estava porque fiquei de cabeça para baixo”, acrescentou.

Zhou contou que a segunda reação foi tentar desligar o motor quando percebeu que algo estava vazando, mas não conseguia identificar de onde vinha. “Não tinha certeza se era do meu corpo ou do carro. Tentei desligar o motor porque ainda estava ligado, e eu sabia que se um incêndio começasse, seria difícil escapar”, relatou.

Após sinalizar para os comissários que estava bem, Zhou falou que começou a entender o que havia acontecido, ainda que não soubesse dizer quem o acertou. “Eu tive de me esquivar um pouco para ao menos proteger minha perna. Meus pés meio que já estavam para fora, por cima do assento, então eles conseguiram me tirar [do carro].”

“Eu não vi que estava além da barreira de pneus, achei que estava ao lado dela. Mas eu fui parar entre a barreira e a cerca. Não sei como sobrevivi. Mas agora, olhando para trás, sei que o halo me salvou”, reforçou Zhou sobre a peça que passou a fazer parte dos carros da F1 em 2018.

Como protocolo, a F1 segurou as imagens oficiais do acidente até a certeza do estado de Zhou. Alguns pilotos, como Carlos Sainz, por exemplo, evitaram ver o replay da largada durante a bandeira vermelha. Mas Zhou contou que reviu a corrida ainda ainda na Inglaterra e não se sentiu mal.

“Fiquei feliz por ter um dia de folga e checar minha condição física no dia seguinte. Para mim, [a parte mental] não era uma preocupação. Claro que há momentos em que você precisa de suporte nessa área, mas não senti que fosse necessário”, avaliou.

Por fim, Zhou contou que ainda ficou enviando mensagem aos engenheiros perguntando se o carro estaria em condições de alinhar para a corrida seguinte, na Áustria. “Perguntei se estava tudo ok com o meu assento, isso é muito importante para o piloto, é confortável, e não queria que mudassem nada.”

“Tirando isso, estou feliz por termos uma corrida em sequência. Seria terrível a pausa para o verão logo depois disso. É bom estar imediatamente de volta”, concluiu Zhou.

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