No fundo do grid, Stevens vê “bom trabalho” na temporada de estreia e garante: “Estou pronto para ficar na F1”

Will Stevens deixa claro que não quer ser só mais um, mas sim desenvolver uma carreira na F1. Se sentindo pronto para seguir no grid, o britânico falou ao site oficial da categoria sobre como tem encarado seu trabalho depois da primeira fase do Mundial e destacou a rivalidade com Roberto Merhi

Depois de fazer sua corrida de estreia na F1 no GP de Abu Dhabi de 2014, pela hoje extinta Caterham, Will Stevens tem a chance de disputar sua primeira temporada completa na categoria a bordo da Manor Marussia. Por conta da falta de competitividade da equipe, que conta com carro e motor defasados em relação ao restante dos competidores, o britânico só aparece com destaque em raras situações, como quando foi acertado por Romain Grosjean durante o GP do Canadá, por exemplo. Mas mesmo vindo do fundo do grid, Stevens se vê fazendo um bom trabalho e deixa claro que não está na F1 para ser só mais um.

Ao site oficial da F1, o piloto de 24 anos falou sobre como enxerga seu desempenho até o momento e como vem lidando com o fato de não poder fazer mais do que lutar para ser melhor que seu companheiro de equipe, Roberto Merhi.

“Estamos correndo no fundo do grid, mas o pessoal que está envolvido neste mundo nota que estou fazendo um bom trabalho. Neste ano, não importa muito onde eu estou no grid, este ano é para provar que estou pronto para estar na F1 e ficar na F1. Não quero ficar somente um ano ou algumas corridas, quero desenvolver uma carreira na F1”, afirmou.

Will Stevens não quer saber de ser apenas mais um na F1: "Quero desenvolver uma carreira" (Foto: Getty Images)

Sem muitas perspectivas em termos de resultados relevantes, Stevens não perde a motivação. “Não importa onde esteja no grid, é preciso ser profissional e tirar o máximo possível, não só por você, mas também pela equipe.”

Um dos grandes desafios enfrentados por Stevens neste seu primeiro ano completo na F1 está em ser retardatário e ter de encarar as bandeiras azuis, que sinalizam que um carro mais rápido e melhor posicionado está por perto, sendo necessário assim abrir passagem.

“Falo com o pessoal no paddock que já esteve na parte da frente e na de trás do grid, e todos me falam sobre as bandeiras azuis. É algo realmente importante em nossa corrida, conseguir perder o menor tempo possível. Cada vez que um carro chega para lhe ultrapassar, então você perde mais tempo do que o necessário”, comentou.

“Normalmente, vemos umas 20 ou 25 bandeiras azuis por corrida, que podem ser facilmente uns 20 ou 25s perdidos, de modo que é muito importante saber como e quando deixar passar o pessoal para perder o menor tempo possível”, disse Stevens.

Rivalidade entre Stevens e Merhi foi abordada pelo britânico em entrevista ao site da F1 (Foto: Getty Images)

Will também falou sobre a dura rivalidade que tem com Merhi. O britânico deixou claro que tem uma boa relação com seu companheiro de Manor, mas não hesitou ao falar que deseja batê-lo sempre. “Conheço Roberto há muitos anos. É um cara legal, além de ser muito competitivo e rápido. É o único cara que eu posso bater agora, é meu companheiro de equipe e sempre vamos ter batalhas. Pessoalmente, agradeço por ter tais oportunidades porque temos o mesmo carro, e é divertido se pudermos nos pressionar mutuamente. É assim que deve ser.”

“Quero estar à frente do meu companheiro em cada sessão e em cada corrida, e isso é tudo o que eu posso fazer para demonstrar que estou pronto para a F1. Em termos de metas gerais, para este ano é poder dizer que tiramos o máximo que foi possível e também ter estado sempre à frente do meu parceiro”, completou.

No confronto direto, Stevens leva vantagem em ritmo de classificação por largar cinco vezes à frente de Merhi. Já em corridas, considerando apenas as que ambos terminaram, o placar está empatado em três.

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