Piastri relata falta de velocidade e fala em “dia difícil do começo ao fim” em Interlagos

Oscar Piastri não escondeu a decepção com o atípico domingo (3) em Interlagos, dia de classificação e corrida da 21ª etapa da Fórmula 1. O australiano apontou para um dia difícil desde as primeiras horas da manhã e destacou que o carro estava lento no GP de São Paulo, no qual terminou na oitava posição.

Piastri reportou os problemas com falta de velocidade e também com os freios em entrevista coletiva acompanha pelo GRANDE PRÊMIO, no entanto, o que mais lhe espantou foi a variação entre a primeira e a segunda metade da corrida. O australiano destacou que o MCL38 ficou lento na reta final da prova brasileira da F1.

“Entre os mais difíceis, definitivamente. Foi um dia difícil, do começo até o final. Na classificação, tivemos um problema e também cometi um erro. Quando você coloca as duas coisas juntas, se torna algo bem ruim. Na corrida, acho que estávamos lentos”, disse Piastri.

“Na primeira parte, parecíamos rápido. Lando [Norris] estava atrás de George [Russell], enquanto eu perseguia Liam [Lawson]. Consegui tirá-lo do caminho, mas não do jeito que gostaria. Depois da bandeira vermelha, ficamos lentos. Sofremos com o ritmo, uma corrida difícil”, continuou.

“Não tínhamos um velocidade final alta, mas não acho que foi nosso maior problema. Ganhávamos nas curvas por conta da pressão aerodinâmica que tínhamos, mas isso não foi suficiente. Parecíamos rápidos no começo, mas sofremos na segunda parte. Precisamos entender um pouco melhor a razão disso. Não sei dizer o quanto ficamos limitados. Na primeira parte, talvez, pois ficamos presos atrás de alguns carros. Na segunda parte, não. Estávamos lentos”, completou Piastri.

Na linha de chegada, o australiano recebeu a bandeira quadriculada na sétima posição, mas caiu para o oitavo lugar, pois teve adicionado 10s ao resultado final pelo toque na ultrapassagem com Liam Lawson. Com isso, Yuki Tsunoda subiu ao sétimo posto, suplantando Piastri. O representante da McLaren assumiu a culpa no lance.

“Estava preso atrás dele por muito tempo, tentei a ultrapassagem, e não estava distante de Liam. Falei com ele sobre isso, que disse não ter me visto. Sob essas condições, é algo aceitável. Acho que foi meu erro, então, a punição foi justa. Um dia difícil”, disse Piastri.

Piastri também isentou a McLaren por ter chamado o australiano para colocar pneus de chuva no momento em que o safety-car foi acionado pelo incidente de Nico Hülkenberg.

“Estávamos em uma situação difícil, pois [quando entrou a bandeira amarela], estávamos perto da entrada dos boxes. Pareceu inteligente colocar pneus novos. Acho que não esperávamos que chovesse tanto. Mas, honestamente, a parte mais difícil foi ficar atrás do safety-car, tentando ficar no caminho. Uma situação bem perigosa”, finalizou Piastri.

A Fórmula 1 agora tem duas semanas de descanso e volta apenas no fim de semana dos dias 22 a 24 de novembro, na segunda edição do GP de Las Vegas.

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