Max Verstappen começou 2018 como um piloto errático, mas terminou com atuações acima da média. Mesmo com uma Red Bull não tão forte quanto Mercedes ou Ferrari, a temporada se encerrou com uma sequência de cinco pódios. Jos Verstappen, pai de Max e ex-F1, vê uma diferença clara de um momento para outro: aprender a usar a cabeça e administrar riscos.
Jos acredita que Max logo percebeu que a abordagem de ‘ataque total’ do começo do ano não estava dando certo. Dos seis primeiros GPs, o holandês cometeu erros graves em cinco ao tentar dar “passo maior que a perna”.
“Tudo estava dando errado no começo do ano”, recordou Jos, entrevistado pela TV holandesa Ziggo Sport. “Foram algumas manobras que não aconteceram do jeito que ele [Max] queria e a imprensa inteira caiu em cima dele, mas aí você percebe que ele aprendeu um bocado. Ele está correndo muito bem em quase todas corridas. Eu percebi que o Max está usando mais a cabeça durante as corridas e correndo menos riscos”, avaliou.
Max Verstappen cometeu menos erros na segunda metade de 2018 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
Apesar da nova mentalidade, Max ainda é criticado por uma postura considerada agressiva demais no GP do Brasil. Na ocasião, o holandês se enroscou com o retardatário Esteban Ocon e viu a vitória escapar.
Jos defende a nova mentalidade do filho, mas entende que arriscar demais na Red Bull não é de todo ruim. O ex-piloto pensa que, com um carro mais lento, algumas corridas passam a exigir postura agressiva.
“Quando a questão é ritmo, nós ficamos em falta”, ponderou Jos. “Aí ele precisa correr riscos em cada corrida para conseguir um pódio. Isso acontece em cada corrida, o Max precisa fazer uma série de manobras para conseguir um terceiro lugar. O Hamilton pilota um carro muito mais rápido e é muito mais prático quando você é pole em todas corridas. Você não precisa desses riscos”, encerrou.