Para evitar novo drama, Pirelli vê Bahrein como palco ideal para testes dos pneus de 2014

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A Pirelli vê o Bahrein como palco ideal para os testes dos pneus de 2014. A fornecedora italiana, que há tempos se queixa da falta de treinos para avaliar melhor seus compostos, planejava colocar na pista os protótipos durante as sessões livres desta sexta-feira (22) em Interlagos, palco da última etapa do Mundial, mas a chuva insistente durante todo o dia acabou também minando o objetivo da fabricante em realizar uma análise comparativa dos novos compostos.

E outra chance não será dada, ao menos não em São Paulo. Não houve o consentimento da FIA e nem dos times para que uma nova tentativa fosse feita neste sábado, durante o terceiro treino livre 3. Ainda assim, a empresa de Milão negou que tenha perdido uma grande chance de verificar os próximos pneus do Mundial.

Pirelli precisou adiar teste dos novos pneus em Interlagos (Foto: Pirelli)

"Foi apenas uma oportunidade perdida. Assim é a vida, e não há nada que possamos fazer agora, e isso vale também para as equipes", disse Paul Hembery, em entrevista aos jornalistas logo após as sessões no traçado paulistano e onde o GRANDE PRÊMIO esteve presente. "Teria sido um teste interessante, mas não é o fim do mundo", completou.

"A verdadeira razão para este teste era apenas a de fazer uma análise comparativa dos pneus deste ano com a nova estrutura e construção no carro atual. Era somente para nos fornecer alguma referência. De qualquer forma, isso deve acontecer mais tarde. Talvez nos testes de dezembro, no Bahrein, ou o mais provável, em Jerez", acrescentou.

A pista espanhola está escalada para sediar os primeiros testes da pré-temporada, no fim de janeiro, porém o inverno e as características abrasivas do asfalto andaluz devem comprometer um melhor entendimento dos dados dos novos pneus, de acordo com o diretor de competições da marca italiana. "Tenho algumas dúvidas com relação a Jerez, porque acho que não teremos todas as informações necessárias, enquanto as equipes vão estar mais preocupadas em conseguir confiabilidade."

"O Bahrein realmente representa um passo à frente agora. Nós estaremos em um lugar de altas temperaturas e em uma das pistas mais agressivas do calendário. Creio que aí conseguiremos dados mais importantes e de forma mais rápida. Não teremos de passar por duas ou três corridas para, então, entendermos verdadeiramente o impacto das mudanças nos novos carros", declarou.

Hembery explicou ainda que a fornecedora ofereceu a chance de um teste em Sakhir, no mês que vem, mas que ainda não há uma definição de qual ou quais equipes vão fazer parte das atividades. Também segundo as regras, a empresa pode usar um carro de F1 de duas temporadas, mas a fabricante já testou com modelos comprados da Toyota e da Lotus. "É o nosso teste privado e temos o OK da FIA para fazer isso. Mas se tivermos de comprar um carro, então vamos comprar. Já fizemos isso antes. É apenas o nosso trabalho", disse.

"Se for possível, então vamos com mais de uma equipe. Todos os times podem enviar um observador e os dados serão gerenciados pelos nossos engenheiros", explicou Paul. "Nós também compartilhamos as preocupações das equipes com relação à igualdade de condições, mas precisamos encontrar juntos uma solução para isso, que tem sido a maior dificuldade nos últimos anos", emendou.

O GRANDE PRÊMIO acompanha 'in loco' os eventos que cercam e o GP do Brasil de F1 em Interlagos com os repórteres Flavio Gomes, Evelyn Guimarães e Felipe Giacomelli. Acompanhe o noticiário aqui.