Gasly diz que demissão da Red Bull “não foi justa”, mas garante: “Fechei esse capítulo”

Pierre Gasly admitiu sensação de injustiça com demissão da Red Bull em 2019 e disse que não conversou com Helmut Marko, consultor-esportivo dos taurinos, sobre o assunto. Além disso, francês disse que a morte do amigo Anthoine Hubert mudou sua visão sobre a vida

Companheiro de Esteban Ocon na Alpine desde o início da temporada 2023 da Fórmula 1, Pierre Gasly voltou a responder questionamentos acerca de sua demissão da Red Bull, no meio de 2019, quando acabou rebaixado de volta à AlphaTauri [na época, Toro Rosso] e viu seu assento ser ocupado por Alexander Albon.

Segundo ele, considerando a forma como as coisas são feitas na categoria, a atitude foi compreensível e acabou trazendo outros benefícios a longo prazo. Porém, isso não impede que o francês mantenha uma sensação de injustiça.

“Não [falei com Helmut Marko, consultor-esportivo da Red Bull]. Espero que tenhamos essa chance um dia, mas sei que são pessoas inteligentes. Eles têm suas próprias opiniões sobre certas coisas, mas algumas outras coisas também são óbvias. É o jeito que as coisas são. Não foi realmente justo, mas, de qualquer forma, é assim que funciona”, disse Gasly.

“Também aprendi que o esporte nem sempre é justo. Fechei esse capítulo quando deixei a AlphaTauri e iniciei uma nova história com a Alpine, e acho que atingi um nível de experiência, habilidades e mentalidade que, graças às minhas experiências anteriores, me permitem ser melhor hoje do que era ontem”, analisou.

Verstappen e Gasly foram companheiros de equipe por 12 etapas em 2019 (Foto: Red Bull Content Pool)

Depois de ser devolvido à Toro Rosso no meio da temporada, após as pausas de verão, o fim de semana da primeira corrida de Gasly após a demissão reservaria um capítulo trágico: a morte de Anthoine Hubert, seu amigo pessoal, na etapa de Spa da Fórmula 2.

Devastado com a perda, Pierre relembrou os últimos momentos dos dois juntos, em jantar realizado na Hungria — justamente a etapa anterior à Bélgica, a última antes da pausa de meio de ano.

“Foi um choque. Estava olhando as imagens em minha galeria, e acabei encontrando fotos com Anthoine [Hubert] em nossa época de escola, além do último jantar que tivemos em Budapeste, antes da pausa de verão”, relembrou.

“Estávamos planejando sair, mas desisti no último minuto. Não senti vontade de ir, e lembro de dizer ‘tchau’ da calçada. Ainda consigo vê-lo parado ao lado de um amigo meu”, revelou.

Pierre Gasly homenageia Anthoine Hubert em Spa-Francorchamps (Foto: Alpine)
Em todos os anos desde 2019, Gasly homenageia Hubert em Spa-Francorchamps (Foto: Alpine)

Segundo Gasly, a perda de Hubert modificou sua maneira de enxergar a vida. O fato de perder alguém tão próximo — e tão jovem — mostrou que é necessário curtir cada momento como se fosse o último, pois não é possível prever o que vai acontecer no futuro.

“Acho que ninguém está preparado para perder um amigo tão próximo, e tão jovem”, admitiu. “Tristemente, não foi o primeiro amigo próximo que perdi. Foi muito, muito duro superar isso”, lamentou.

“Porém, depois do que aconteceu em Spa, acho que isso também mudou minha visão sobre a abordagem da vida em geral e minha relação com as pessoas importantes para mim. [É sobre] apreciar cada segundo que você tem com essas pessoas, porque você nunca sabe quando será a última vez”, finalizou.

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