Pirelli responde críticas de Russell sobre pneus de 2026: “Precisamos trabalhar juntos”

Diretor de automobilismo da Pirelli, Mario Isola respondeu crítica de George Russell a pneus de 2026 e cobrou trabalho em equipe entre a empresa e os pilotos. Italiano ainda destacou que reduzir largura dos compostos foi escolha das equipes

A pré-temporada da F1 no Bahrein já terminou, mas os testes com os pneus de 2026 seguiram após o período de três dias e mantiveram algumas equipes e pilotos no Circuito de Sakhir. E a experiência com os novos compostos, que serão mais estreitos, não agradou a George Russell, da Mercedes — que foi prontamente respondido por Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli.

A empresa italiana, fornecedora única de pneus da Fórmula 1, já trabalha nos compostos de 2026. Enquanto as equipes desenvolvem os monopostos em segredo, alguns “carros-mula” foram usados para testar os pneus do ano que vem — e Russell não saiu com uma sensação positiva.

“Em comparação aos pneus mais largos que temos atualmente, foi bem desafiador”, admitiu George após experimentar o composto. “Com os novos pneus, tivemos um passo atrás significativo. É natural, porque eles são simplesmente mais estreitos”, disse o piloto britânico.

Isola, então, garantiu que vai buscar uma nova conversa com o piloto da Mercedes. Segundo ele, é vital entender que os pneus ainda não estão em sua fase final, mas em desenvolvimento e buscando adaptar as novas medidas às exigências de um esporte como a F1. O diretor ainda ressaltou que o objetivo da Pirelli é entregar os melhores pneus possíveis, mas admitiu a necessidade de aprender mais sobre eles.

Russell não saiu feliz após a primeira experiência com os pneus de 2026 (Foto: AFP)

“Já falei com George e gostaria de falar de novo. O ponto crucial aqui é que estamos comparando um pneu maduro, o de 2025, com um que ainda está em desenvolvimento. Ainda não finalizamos a construção, e estaremos trabalhando com carros completamente novos em 2026. Ainda há muita coisa desconhecida”, afirmou.

“Os novos pneus serão menores, e isso inevitavelmente significa uma maior suscetibilidade ao superaquecimento e à mudança de características. É exatamente por isso que estamos trabalhando intensamente nos novos pneus e em uma construção otimizada: oferecer aos pilotos o melhor produto possível”, explicou Isola.

Ainda de acordo com o diretor da Pirelli, as equipes tiveram duas opções: manter as medidas de 2025 ou alterá-las para 2026. Como a escolha foi de ter compostos mais estreitos, a empresa italiana passou a encarar o desafio de projetar um material diferente do atual — e o apoio de equipes e pilotos é fundamental nesse processo, segundo Isola.

“Uma das opções era continuar com o tamanho atual. Conversamos com todas as equipes e dissemos: ‘Vocês precisam tomar uma decisão, mas precisamos de uma resposta definitiva. Ou ficamos com as medidas de 2025, ou continuamos com o desenvolvimento dos compostos de 2026’. Os times escolheram a segunda opção”, comentou.

“Estamos abertos a sugestões e levamos tudo em consideração, mas é necessário haver apoio. A decisão das equipes foi clara, por muitas razões. Primeiramente, elas já começaram a desenvolver os novos carros, mas, acima de tudo, não veem os novos pneus como algo ruim. Elas entenderam que ainda não é o produto final e conseguiram tirar alguns pontos positivos”, garantiu.

Mario Isola, Pirelli, Fórmula 1
Mario Isola pediu apoio de equipes e pilotos no desenvolvimento dos novos compostos (Foto: Pirelli)

Por fim, o Mario ressaltou que está aberto a ouvir o que os pilotos pensam sobre o assunto, mas em um sentido de apoio entre as partes. Os comentários são importantes, mas precisam levar em consideração o estágio atual do trabalho.

“A maioria das equipes foi a favor. É por isso que é importante que também tenhamos um entendimento com os pilotos, para que trabalhemos na mesma direção. Nosso objetivo é desenvolver um pneu com menos superaquecimento e características que cumpram os objetivos, mas o tamanho precisa seguir o que os times decidiram”, argumentou.

“Entendo completamente o ponto de vista dos pilotos e aprecio os comentários e as críticas, mas precisamos trabalhar juntos, na mesma direção”, finalizou o diretor da Pirelli.

Com o período de testes coletivos oficialmente encerrado, a próxima atividade da F1 é a estreia da temporada, no GP da Austrália. A etapa está programada para acontecer entre os dias 14 e 16 de março, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.