Prancheta GP: Detalhes do impressionante W11 mostram pragmatismo da Mercedes

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A Fórmula 1 vive em 2020 uma temporada de transição, uma vez que o regulamento deve alterar drasticamente a partir do próximo ano. Portanto, as regras em relação ao campeonato passado pouco mudaram, o que deu a chance às equipes de trabalharem em soluções mais eficazes para tudo aquilo que não funcionou em 2019. Dentro desse cenário, a hexacampeã Mercedes se mostrou pragmática na concepção do seu W11. 

 

O W11 é impressionante, ao contrário dos dois modelos rivais, precisamente por causa de sua característica evidente de o carro que integra soluções revolucionárias em comparação com o conceito anterior, de uma maneira limitada, pelo menos visualmente. Pretendemos dizer que a principal novidade diz respeito à adoção de novas entradas altas nos sidepods, graças à redução dos cones anti-intrusão, adaptando o carro ao conceito introduzido pela Ferrari no SF70H em 2017.

O chassi é estreitado na parte traseira e, com ele, uma instalação precisa da unidade de potência, permitiu o arranjo atual dos radiadores, fortemente inclinados. O objetivo, graças a uma melhor dinâmica de fluidos internos, é reduzir o arrasto que penalizou o W10 em reta. No restante, o W11 é pontuado por soluções refinadas, como as entradas de ar dos freios dianteiros e os novos suportes de pivô e suspensão. Tudo isso dá a sensação de integração bem-sucedida das novidades, em um projeto de desempenho geral já sólido.

 

Na prática, o princípio seguido em Brackley parece ser o de implantar imediatamente um carro maduro, cujo comportamento na pista é absolutamente consistente com o carro do ano passado, sem surpresas. Onde, no entanto, há a sensação de que as principais inovações são ocultadas pela carroceria, é a unidade de potência. Apenas o arranjo diferente de radiadores é identificável a partir das formas externas, mas, a partir de nossas fontes, em Brixworth, a equipe dirigida por Andy Cowell parece ter revolucionado a unidade de energia em comparação com a de 2019.

Motor endotérmico e peça híbrida, sem a exclusão de qualquer componente de uma reforma que não tenha precedentes recentes nas evoluções dos motores Mercedes. Isso ganha ainda mais importância, considerando o fato de que todos os três lugares únicos sujeitos a essa análise têm em comum: a ausência de comprometimentos nas escolhas aerodinâmicas em favor da confiabilidade das unidades de potência. Não parece uma coisa pequena.