Preocupado com rumos do esporte, presidente da Renault diz que empresa ou assume equipe própria ou deixa F1

Carlos Ghosn, presidente e de diretor-executivo da Renault, revelou que os planos futuros da montadora na F1 seguem em aberto. O executivo fez uma análise do cenário atual da categoria e disse que a permanência da marca vai depender também da direção que os responsáveis pelo Mundial vão tomar para os próximos anos

Presidente e diretor-executivo de Renault, Carlos Ghosn afirmou que a fabricante francesa está mantendo seu futuro na F1 relativamente em aberto, mas deixou claro que qualquer decisão sobre os próximos anos vai depender também da direção tomada pelos responsáveis pelo esporte.

Como fornecedora de motor da Red Bull e da Toro Rosso, e dados os inúmeros problemas de desempenho e confiabilidade das unidades de energia da marca desde o ano passado, o envolvimento da montadora para além de 2016, quando se encerram os contratos com as duas equipes, tem sido alvo de especulação há muitos meses.

Falando à agência 'Reuters', durante a rodada final da F-E em Londres, Ghosn admitiu que a presença da marca na maior das categorias do automobilismo ainda é incerta. "Quando você é um desenvolvedor e vendedor de motores, você tem o privilégio de ser esquecido quando ganha, mas sempre tem o destaque quando perde", afirmou.

A presença da Renault na F1 está na Red Bull e na Toro Rosso (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

"Não estamos descartando nada. Podemos ficar fora. E podemos também, mas é menos provável, continuar apenas desenvolvendo os motores. Ou assumir uma equipe. Dessa forma, então, todas as opções estão em aberto. Estamos analisando todas as opções diferentes para o futuro", completou.

Ghosn ainda fez uma análise do cenário atual da F1 e vinculou a permanência da Renault aos rumos que os organizadores pretendem dar ao campeonato do ponto de vista comercial. "Precisamos tentar entender aonde vai a F1, antes de decidir que caminho tomar", falou. "O comando do esporte é extremamente importante. Não é sobre quem faz o quê, isso não é o nosso problema. O nosso problema é saber exatamente o quanto vamos gastar e como vamos investir", explicou.

"Nós sabemos o quanto podemos investir em patrocínios por meio do marketing, mas também há a partilha dos direitos de TV, que precisa ser feita de maneira correta e seguir um caminho mais racional, em que as pessoas que investem dinheiro no show possam também obter um retorno justo desse investimento."

"A questão é saber se vale a pena. Vale você envolver uma centena de engenheiros, colocando milhões de euros e desviar muitos recursos técnicos? Você precisa de um retorno", encerrou o homem forte da empresa francesa.

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