Presidente da acionista majoritária minimiza críticas, mas defende mudanças para tornar F1 mais atrativa

Presidente da CVC, Donald Mackenzie minimizou as críticas feitas à F1, mas reconheceu que é preciso fazer mudanças que tornem o esporte mais atrativo. Executivo rejeitou maior apoio financeiro aos times que enfrentam dificuldades

O debate a respeito de mudanças na F1 ganhou um apoio de peso. Presidente da CVC, Donald Mackenzie garantiu o suporte da acionista majoritária ao projeto de tornar o esporte mais atrativo para os fãs.
 
Mackenzie, que tem sido presença constante nas corridas deste ano e que acompanhou a reunião do Grupo de Estratégia do dia 14 de maio, avaliou que algumas das críticas feitas ao Mundial são injustas, mas reconheceu que é preciso tornar o esporte mais agradável para os fãs.
Presidente da CVC criticou excesso de punições no grid do GP da Áustria (Foto:AP)
“Acho que, na verdade, o esporte é muito melhor do que as pessoas estão escrevendo”, disse Mackenzie em entrevista à publicação norte-americana ‘Motorsport.com’. “Mas tem, definitivamente, alguma urgência de ver algumas melhorias para tornar o esporte mais empolgante”, admitiu.
 
“Bernie [Ecclestone], os times e a FIA [Federação Internacional de Automobilismo] estão trabalhando nisso e espero que algumas das melhorias apareçam logo”, comentou. 
 
Na visão do presidente da CVC, punições como as que marcaram a prova da Áustria não são muito interessantes para o público. Em Spielberg, Fernando Alonso, por exemplo, foi punido com a perda de 20 posições no grid.
 
“Nós também não gostamos disso. Parece injusto que o piloto seja punido por conta de um motor ruim ou uma falha mecânica”, comentou. “Mas esse é um domínio da FIA. Sei que temos boa vontade em todas as áreas para ver se podemos tornar as coisas mais interessantes e empolgantes para os fãs”, seguiu.
 
 “Não estou certo de que o reabastecimento está no topo das prioridades. Acho que apenas estamos tentando encontrar uma maneira de tornar os carros mais rápidos”, opinou. “Eles precisam de mais combustível para serem mais rápidos e alguém disse que nós podemos precisar do reabastecimento, mas essa nunca foi uma estratégia”, garantiu.
 
Ainda, Mackenzie afirmou que entende as queixas recentes de Dietrich Mateschitz, o dono da Red Bull, mas se mostrou confiante em uma reação do time dos energéticos, que deixou de ser a principal força da F1 e hoje aparece apenas na quarta colocação do Mundial de Construtores, com 273 pontos de atraso para a Mercedes, a líder da disputa.
 
“Acho que ele, obviamente, está desapontado com a posição do time, mas ele é um cara legal e tenho certeza que vai encontrar uma solução para o time e vencer outra vez”, defendeu. “A Red Bull precisa de um motor melhor do que o que tem e seria ótimo se a Renault pudesse aparecer com isso. Bernie está tentando encontrar um motor melhor para eles”, contou.
 
Por fim, Mackenzie declarou que a CVC não tem interesse em dar mais dinheiro para os times do pelotão intermediário que enfrentam dificuldades, mas avaliou que mudanças no panorama geral também podem ajudar.
 
“Existem contratos em vigor e eles concordaram com esses contratos quando assinaram”, lembrou. “É sempre irritante quando as pessoas mudam de ideia depois”, reclamou.
 
“Nós queremos ajudar os times pequenos quando pudermos”, disse. “Nós podemos reduzir os custos, tornar o esporte mais atrativo e conseguir mais patrocínio. Isso seria uma coisa boa”, concluiu.
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