Promotor do GP de Miami cita “sucesso” com séries de apoio e confessa: “Errei sobre sprint”

O GP de Miami estreou no calendário da Fórmula 1 em 2022 e passou a sediar uma das seis rodadas de corrida sprint a partir desta temporada. Tyler Epp, promotor da etapa norte-americana, afirmou que “não estava convencido” de que seria um bom negócio sediar uma sprint, mas assumiu que “estava errado”. Além disso, também destacou a importância das categorias de apoio para o espetáculo. 

Segundo Epp, em entrevista à revista inglesa Autosport, a maior preocupação em relação à corrida sprint era a “proposta de valor”. No entanto, o promotor afirmou que hoje vê um “valor comercial real” com o público comparecendo em peso para ver a prova. Atualmente, Miami tem acordo com a Fórmula 1 para sediar uma rodada sprint até 2025. 

A primeira edição da corrida encurtada em Miami, que contou com 19 voltas, foi vencida por Max Verstappen, enquanto Lando Norris faturou a primeira vitória na carreira na prova principal, no domingo. 

“Eu estava errado sobre a corrida sprint. Fiquei muito preocupado com a proposta de valor, mas não poderia estar mais errado. Serei claro ao dizer que não estava convencido quando fechamos o negócio pela primeira vez, mas o feedback e os dados que obtivemos mostraram que, ano após ano, a presença do público aumentava no sábado, e eles chegam cedo para a corrida sprint. As pessoas não estavam vindo para a classificação, estavam vindo para a sprint”, disse Epp.

“Eu estava errado, foi uma coisa muito boa para nós. Entendo que não é assim para todos os promotores, mas realmente gostamos e vemos um valor comercial real em organizar uma corrida sprint. Tem sido fantástico”, afirmou. 

Além disso, o promotor também falou sobre a importância das categorias de apoio para o fim de semana do GP de Miami. Depois de correr sozinha em 2022, a Fórmula 1 recebeu a companhia da Porsche Deluxe Carrera Cup a partir de 2023 e da F1 Academy nesta temporada. 

Epp espera que o calendário das categorias de suporte permaneça parecido para a temporada que vem em Miami. 

“É importante o que acontece na pista antes da Fórmula 1. No primeiro ano, ficou muito claro que ninguém entra na pista antes deles, porque queriam ser os primeiros na nova pista. No terceiro ano, as corridas de apoio foram um sucesso. Colocar a Porsche e a F1 Academy na pista foi muito positivo. Agora, o traçado de corrida nem sempre é exatamente o mesmo, mas deixar o circuito mais emborrachado impactou no que as equipes enfrentaram em pista”, analisou. 

“Do nosso ponto de vista, estamos muito comprometidos com duas séries de apoio e esperamos ter uma linha semelhante no próximo ano. Aprendemos muito nos primeiros dois anos, assumimos desafios e erros e somos honestos sobre isso. Do segundo ao terceiro ano foram apenas ajustes finos. Agora, no quarto e no quinto, penso que é igualmente importante ouvirmos os nossos clientes. Demos grande ênfase a isso nos últimos 12 meses”, encerrou.

A Fórmula 1 volta às pistas entre os dias 13 e 15 de setembro para o GP do Azerbaijão, em Baku.

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