RB revela pressão da Red Bull e até ameaça de saída da F1: “8º, 9º ou 10º não servem”
Peter Bayer, CEO da RB, afirmou em entrevista que a Red Bull pensou em desfazer a segunda equipe, mas recuou após ver “muitos pontos positivos”
Historicamente, a Red Bull sempre teve ao lado uma equipe irmã que tem ajudado no desenvolvimento de talentos da academia e também em duelos em pista, como ocorreu no GP de Singapura, provocando polêmica. No entanto, antes de 2024, a história da segunda escuderia poderia ter acabado. Peter Bayer, CEO da RB, revelou que a marca de bebidas energéticas cogitou abandonar o time de Faenza para esta temporada.
Segundo Bayer, em entrevista ao Motorsport Week, a discussão ocorreu no ano passado, mas não durou muito. A Red Bull identificou “muitos pontos positivos” e optou por não abandonar a então AlphaTauri.
No entanto, para 2024, a equipe sediada em Faenza passou por uma reformulação visual, firmou novos acordos comerciais de patrocínio e virou a RB. Anteriormente, de 2006 a 2019, o time foi conhecido como Toro Rosso antes de se chamar AlphaTauri por quatro temporadas.
“[A Red Bull] definiu uma estratégia e acho que não é segredo que estavam discutindo se deveríamos manter as duas equipes ou nos concentrar apenas em um time e depois executar nossas operações de F1 através da Red Bull Racing. Mas muito rapidamente chegaram à conclusão de que queremos manter os dois times. Há muitos pontos positivos”, comentou Bayer.
Já Laurent Mekies, chefe da RB, disse que a Red Bull estava procurando novas formas de utilizar a segunda equipe. Para isso, a reformulação visual foi um passo importante, além de existir uma cobrança por melhores resultados dentro do pelotão intermediário.
“A Red Bull certamente estava procurando a melhor maneira possível de usar uma segunda equipe. Sentiram que precisavam de um novo começo em termos de posicionamento, tanto do ponto de vista identitário quanto em termos de competitividade”, disse.
“O que nos disseram foi: ‘temos muitas ideias excelentes sobre o que queremos fazer com esta segunda equipe, mas a primeira coisa é que oitavo, nono, décimo não funciona’. Qualquer que seja a mensagem, se nós estamos no final do grid, vamos sofrer para passá-la e ela não vai complementar o que já estamos fazendo com a Red Bull”, continuou.
Mekies também pontuou que ambas as equipes passaram a trabalhar para explorar mais a fundo o regulamento da Fórmula 1 e “pensar nas duas equipes como sendo propriedade de uma entidade”.
“A segunda coisa que nos disseram foi: ‘existem regulamentos muito claros, podemos dar uma olhada nisso e pensar nas duas equipes como sendo propriedade de uma entidade. Estamos competindo uma contra a outra, mas pelo menos onde as regras permitem, podemos ver se faz sentido fazer tudo o que o regulamento nos permite fazer’, o que nem sempre foi o caso antes”, concluiu.
Atualmente, a RB tem 34 pontos somados em 2024 e está na sexta colocação do Mundial de Construtores.
A Fórmula 1 agora só volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.
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