Red Bull diz que precisa de “carro mais rápido” para ajudar Pérez “a extrair o máximo”
Após voto de confiança em Sergio Pérez, Red Bull busca desenvolver carro para favorecer ambos os pilotos e recuperar melhor forma do mexicano
Desde que a Red Bull optou pela continuidade de Sergio Pérez até o final de 2024, o foco da equipe tem sido em melhorar o desempenho do mexicano. Com a McLaren se aproximando no Mundial de Construtores, Pierre Waché, diretor-técnico do time, afirmou que o objetivo agora é desenvolver o “carro mais rápido”, mas que favoreça os dois pilotos igualmente.
Desde maio, Pérez tem tido sérios problemas para pontuar e somou apenas 28 pontos desde o GP da Emília-Romanha. Atualmente, está na sétima colocação do Mundial de Pilotos, com 131 pontos, enquanto Max Verstappen lidera com 277.
Mesmo assim, a equipe austríaca optou por um voto de confiança ao piloto do #11 e agora busca atualizações para deixar o RB20 mais confortável para o mexicano. Segundo Waché, umas das possíveis justificativas para a queda de Pérez seja a dificuldade para lidar com um carro mais desequilibrado, algo que Verstappen não sente muito.
“Uma parte da explicação pode ser isso, e está correto. O que queremos é o carro mais rápido, mas de uma forma que possa ser usado pelos pilotos, esse é o objetivo principal. Se tornarmos o carro mais rápido de uma forma que Checo possa usá-lo, isso significa que ambos os pilotos serão capazes de extrair o máximo dele. Mesmo que os dois tenham necessidades ou preferências diferentes, os requisitos para o carro ainda são muito semelhantes”, analisou em entrevista à revista inglesa Autosport.
“Fundamentalmente é a mesma coisa. Com certeza pode haver diferença nos estilos de pilotagem, mas não usaremos o desenvolvimento do carro para isso. Usaremos o set-up”, continuou.
Waché ainda apontou que é difícil saber ao certo em quais áreas Pérez tem maiores dificuldades, já que essas permanecem desde o ano passado e o simulador só pode ajudar até certa altura e não é totalmente confiável para resolver a questão.
“Tentamos ver algumas tendências, mas é muito difícil apontá-las. No ano passado ele também teve dificuldades, então é difícil encontrá-las. O principal problema é que tentamos reproduzir o carro em simulações, mas isso não simula exatamente o que o carro está fazendo em todas as condições. A interação com os pneus é muito difícil de reproduzir, mesmo que tentemos o melhor. Evoluir nessas áreas é um importante passo do processo”, comentou.
Com o regulamento atual, os carros têm sofrido com o balanço após novos pacotes de atualizações serem introduzidos. Com isso, os monopostos ficam mais desconfortáveis e difíceis de guiar, o que tem afetado a confiança e a performance de Pérez. Waché lembra que outros times também passaram pelo mesmo problema nos últimos anos.
“Isso é um risco com esses tipos de regulamento. É o que vimos de algumas outras equipes também. A Mercedes, por exemplo, disse que o equilíbrio era um grande problema para eles nos anos anteriores. Até a McLaren sofreu com isso no começo desta temporada”, relembrou.
“O equilíbrio com esses carros é bastante complicado de atingir, porque se criar downforce em uma área específica, que não pode ser equilibrada mecanicamente, será difícil usar esse ganho”, concluiu.
No momento, a Red Bull segue liderando o Mundial de Construtores, com 408 pontos, mas vê a McLaren se aproximar. A equipe inglesa tem 366 tentos e está na vice-liderança, à frente da Ferrari, que tem 345.
Depois das férias de verão, a Fórmula 1 voltará às pistas entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.
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