Red Bull vê “cultura muito diferente” e se aflige com interesse da Arábia Saudita na F1

A notícia de um possível interesse da Arábia Saudita em comprar a Fórmula 1 acirrou os ânimos entre a categoria e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Isso porque o presidente da entidade. Mohammed Ben Sulayem, comentou sobre o valor da compra — que seria algo acima de US$ 20 bilhões [equivalente a R$ 104 bilhões, na cotação atual] — e rechaçou publicamente o suposto interesse. A F1 respondeu e deixou clara a insatisfação com a ação do mandatário.

Agora, foi a vez de um representante de uma equipe do grid repercutir o tema. O consultor da Red Bull, Helmut Marko, revelou dúvidas sobre se o país saudita é realmente uma boa opção para um eventual negócio. O austríaco entende que a aquisição da F1 não seria vista com bons olhos.

“Acho que não seria tão bom se fosse para um país culturalmente diferente de onde a maioria das corridas acontecem”, disse Marko, em entrevista à emissora alemã NTV. “E geralmente nessas questões comerciais, é mais provável que aconteça com alguém que atenda aos padrões corporativos normais, se pudermos colocar dessa forma”, completou.

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Nos últimos anos, a Arábia Saudita já teve um empenho forte para entrar nas maiores categorias do esporte a motor. Na F1, montou o circuito na cidade de Jedá e entrou no calendário em 2021. Ano passado, a Dorna anunciou que assinou com o príncipe Al-Faisal um memorando de intenções para levar o Mundial de Motovelocidade ao país no futuro. O WRC também estuda ter uma de suas etapas na Arábia Saudita em 2024. Além disso, o Rali Dakar já corre no país.

A Arábia Saudita também é acusada de sportswashing, que é usar o esporte para tentar passar para o mundo uma imagem de uma nação em transformação. Recentemente, o país também mostrou interesse em sediar fábricas da categoria.

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