Russell diz que problemas da Williams “passaram despercebidos” no início da era híbrida

O prodígio britânico estreou neste ano na F1 pela equipe de Grove, mas já tem um entendimento de que os problemas vividos pela Williams não são de hoje e vêm desde 2014, no início da era híbrida. No entanto, o ótimo conjunto de carro e motor, sobretudo até 2016, acabou por maquiar um pouco as deficiências do time

George Russell chegou este ano à F1 e à Williams, mas já entende que os problemas vividos pela escuderia britânica no Mundial não são de hoje, mas o grande desempenho dos carros no início da era híbrida, entre 2014 e 2016, mascararam as falhas, que ficaram muito mais expostas nos dois últimos anos.
 
Voltando um pouco no tempo, a Williams terminou 2013 — ano da sua última vitória até então, com Pastor Maldonado no GP da Espanha — em nono lugar no Mundial de Construtores, à frente somente das nanicas Marussia e Caterham. Mas no ano seguinte, a equipe de Grove se uniu à Mercedes, que construiu o melhor motor da nova era híbrida, e deu um grande salto de performance tendo também uma nova dupla de pilotos formada por Felipe Massa e Valtteri Bottas.
 
De mera coadjuvante no início da década, a Williams passou a figurar com frequência no pelotão da frente. Massa marcou a pole no GP da Áustria, Bottas liderou corrida e os dois conquistaram pódios em 2014. De quase lanterna no Mundial de Construtores no ano anterior, a Williams terminou aquela temporada em terceiro lugar, à frente da Ferrari e só atrás de Mercedes e Red Bull.
George Russell diz que os problemas da Williams vêm desde 2014 (Foto: Williams)

Entretanto, ao longo dos anos, com a evolução da Ferrari e da antiga Force India, a Williams virou a quinta força do grid em 2017 antes de despencar de vez no Mundial a partir do ano passado. Com Lance Stroll e Sergey Sirotkin e tendo Paddy Lowe como diretor-técnico, a escuderia de Grove caiu para o último lugar no campeonato e somou apenas 7 pontos. Em 2019, a situação é ainda mais complicada: apenas 1 ponto, conquistado por Robert Kubica, em um ano em que a Williams vem sendo de longe a pior equipe do grid.

 
Na visão de Russell, o cenário atual, de ‘fundo do poço’, faz com que a Williams finalmente tenha de encarar seus problemas de frente. Problemas que, de acordo com o novato, vêm de muitos anos, mas só foram evidenciados com mais clareza recentemente.
 
“Acho que ter esse grande ‘reset’ tem sido bastante benéfico para voltarmos à fábrica e colocar as coisas que talvez não estavam no caminho correto”, comentou o piloto em entrevista veiculada pelo site ‘Race Fans’.
 
“A equipe definitivamente teve um carro muito rápido em 2014, 2015, 2016. Mas havia problemas que, definitivamente, passaram despercebidos porque o carro era muito rápido e o motor era muito forte”, explicou.
 
“Então tudo acontece de uma vez só e você só começa a analisar mais os detalhes agora, quando você está em uma situação como esta”, concluiu Russell.
 
Além da falta de performance ao longo de toda a temporada, a Williams agora vem tendo de lidar também com problemas de confiabilidade. Depois de passar 14 corridas sem nenhum abandono, Russell foi acertado por Romain Grosjean e não completou o GP de Singapura. Na prova seguinte, na Rússia, o britânico abandonou com problemas em seu carro, enquanto o time chamou Kubica e o forçou a encerrar sua participação na disputa para poupar equipamento.
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