Sauber fala em "sistema falho" sobre altos custos na F1 e vê teto orçamentário como única solução

Monisha Kaltenborn, chefe de equipe da Sauber, alertou para aos altos custos da F1 e disse que a única solução viável é o teto orçamentário, mas desde que o limite seja regulamentado e fiscalizado

Chefe da Sauber pede custos mais baixos na F1 (Foto: Carsten Horst/ Hyset)

A atual estrutura financeira da F1 é terrivelmente falha e põe em dúvida a credibilidade da categoria. A frase é de Monisha Kaltenborn, chefe de equipe da Sauber. A dirigente insistiu que não há um desejo das escuderias do grid do Mundial em buscar uma igualdade ou um real limite orçamentário. A crítica vem em um momento também delicado da equipe suíça, que atravessa uma grave crise financeira e se vê obrigada a apostar em pilotos pagantes, como foi o caso do mexicano Esteban Gutiérrez neste ano.

Para Kaltenborn, o espetáculo e os valores do esporte estão comprometidos e que disse que mudanças são fundamentais neste momento. "Há algo terrivelmente falho neste sistema", disse Monisha ao ser questionada sobre os custos da F1 atual.

"Para mim, tudo começa com a procura em saber o que é o sistema e o que é esporte, e essa é uma grande diferença entre as equipes, mas não entre os times maiores e com mais dinheiro. Nós não temos condições de uma disputa igualitária. E é aí que tudo começa", disse

"Nós não somos a favor de uma igualdade em todas as áreas, porque isso é uma competição e o melhor precisa vencer. Mas, se o melhor é definido apenas pelos recursos financeiros, então algo não está certo porque se trata apenas de finanças e não de esporte", completou.

Kaltenborn foi ainda mais longe em suas críticas. "Se você pode definir alguns parâmetros apenas pelo lado financeiro, você vai ter equipes com os melhores engenheiros, fazendo os melhores carros para os melhores pilotos, e conseguindo, portanto, os melhores resultados. Mas, ao menos, isso coloca as equipes em posição de brigarem por alguma coisa, e isso torna a coisa interessante."

"E é aí que está o problema. As equipes grandes podem pagar pelas coisas, independente de serem boas ou ruins, e podem obter mais do esporte do que as demais. E isso não está certo", declarou.

A chefe da equipe suíça afirmou também que a única opção é a redução de custos e disse que um teto orçamentário é a melhor solução disponível. "Por isso, temos de diminuir os custos, para tornar o esporte saudável e estabelecer fãs em lugares onde, apesar de visitarmos há dois ou três anos, não temos. Para mim, a coisa mais importante é ter um teto orçamentário. Isso permite que cada equipe adote a estratégia que quiser. Mas isso precisa também ser fiscalizado", encerrou.

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